Os fundos Apax Partners e Bain Capital afirmaram ter feito uma "oferta firme" de 7,075 bilhões de euros (R$ 22 bilhões) à Oi pela compra do controle da operadora Portugal Telecom (PT) nesta sexta-feira (28).
A proposta, segundo os fundos, foi enviada ao banco BTG Pactual, que representa a Oi nas negociações.
Apax e Bain dizem que conseguiram financiamento para 100% da oferta junto aos bancos Barclays, UBS e Bank of America Merrill Lynch.
Até a quarta (26), eles tinham 70% financiados e planejavam fazer a oferta com 30% de recursos próprios. Como as negociações de parceria com a empresa portuguesa Semapa neste negócio avançaram, as condições junto aos bancos melhorou.
A Semapa entrou como sócia depois de as conversas dos fundos com os Correios de Portugal (CTT) falharem.
A CTT fechou parceria com a francesa Altice, que também está na disputa pela compra da Portugal Telecom. A oferta foi a primeira a chegar ao BTG e é um pouco menor, 7,025 bilhões de euros.
Avaliação
Nos bastidores, os fundos consideram que levam vantagem. Eles acreditam que, como a francesa já atua em Portugal, o caso teria de ser submetido às autoridades regulatórias no país - processo mais demorado.
Por serem fundos de investimento sem participação em empresas de telefonia em Portugal, não teriam barreiras regulatórias e, assim, poderiam concluir o negócio rapidamente - um mês ou dois meses, no máximo.
A Oi tem pressa em vender, mas ainda pretende melhorar as ofertas. Quer pelo menos 7 bilhões de euros líquidos de desconto.
Nas duas propostas, as empresas dizem que podem descontar até 800 milhões de euros, caso a PT não atinja determinados índices de geração de receita e lucro.
Com esse dinheiro, a Oi pretende reduzir seu endividamento e, assim, ganhar força para fazer uma oferta pela TIM junto com Vivo e Claro.
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