Durante o fim de semana, líderes mundiais estarão reunidos em Toronto, no Canadá, para participar de mais uma reunião do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo, incluindo os principais emergentes). Há mais controvérsias do que convergências nos debates. Na pauta, a crise que atingiu vários países europeus, sanções ao Irã, eventuais acordos no setor agrícola e mudanças no sistema financeiro mundial.

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Na tentativa de conter os ânimos e evitar surpresas, o governo canadense montou um esquema de segurança com mais de 5 mil policiais nas ruas da cidade. Porém, alguns manifestantes conseguiram furar o esquema de segurança e, silenciosamente, protestam em frente ao local onde ocorrerão as reuniões.

Sem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou no Brasil para acompanhar as ações de apoio às vítimas das chuvas no Nordeste, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, assumiu a defesa dos interesses da região. Lula será representado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Kirchner defenderá a reforma do sistema financeiro internacional.

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Paralelamente, a União Europeia quer que a reforma do sistema financeiro inclua severidade no controle dos gastos públicos para evitar o que está ocorrendo na Grécia - de forma mais grave, em Portugal, na Espanha e, em menor escala, na Inglaterra, países que apresentam déficit elevado. Para o Canadá, a intenção é confirmar o apoio às medidas que visam a solucionar eventuais crises econômicas. Já o governo dos Estados Unidos (EUA) teme que o corte nos gastos públicos tenha como consequência a suspensão dos estímulos econômicos, provocando inflação e recessão.

Ao mesmo tempo, EUA e China devem protagonizar discussões intensas. Para os norte-americanos, a decisão de valorizar o yuan (moeda chinesa) foi tomada para frear as críticas internacionais à política cambial chinesa, que mantém a moeda local desvalorizada de forma intencional para estimular as exportações.

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