Os ministros das Finanças do G8 previram um ano de forte crescimento econômico apesar dos altos preços do petróleo, queda do preço das ações nos Estados Unidos, aumento das taxas de juros e receios com a inflação.
O avanço nas conversas na rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio também foi defendido no encontro, mas as palavras perderam força com críticas de Brasil, índia e China. Os países disseram que não haverá avanço na liberalização do comércio se os países em desenvolvimento não fizerem concessões. O Brasil defende uma redução nos subsídios que Estados Unidos e Europa oferecem aos seus produtores.
Em encontro em São Petersburgo, os ministros disseram em comunicado que o crescimento da economia é saudável e está se tornando mais amplo apesar do barril do petróleo a US$ 70 e de desequilíbrios - um deles o grande déficit comercial dos EUA e outro o superávit comercial da China.
- A economia global permanece forte de maneira geral - acrescentou o secretário do Tesouro americano, John Snow, em entrevista coletiva após a reunião entre os representantes do sete países mais ricos do mundo mais a Rússia.
- Ainda que a performance relativa continue a ser desigual, vemos com satisfação uma recuperação mais vigorosa no Japão e na Europa.
Os mercados financeiros parecem mais alarmados que os políticos do G8. O índice Dow Jones, da bolsa de valores de Nova York, encerrou na sexta-feira sua pior semana no ano, com investidores preocupados com aumento da inflação, alta dos juros e desaceleração do crescimento dos EUA.
A previsão do Fundo Monetário Internacional é que a economia global cresça 4,9%, o melhor percentual desde 1976, excluindo o excepcional crescimento de 2004, que foi liderado por Índia e China.
- Compartilhamos da visão que, apesar de alguma volatilidade no mercado financeiro, a economia mundial está se desenvolvendo de forma positiva - disse o ministro alemão das Finanças, Peer Steinbrueck.
O G8 é composto por Rússia, Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Inglaterra, França e Itália.