O Gabinete da Grécia aprovou uma abrangente reforma do deficitário sistema de pensão do país, que faz parte do programa de austeridade de três anos do governo e das medidas exigidas pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os principais sindicatos do país consideram realizar novas greves contra os planos do governo.
A reforma inclui aumentar gradualmente a idade mínima para aposentadoria antecipada a 60 anos e a idade geral para aposentadoria a 65 anos em um período de transição de dez anos. Outras medidas incluem a redução dos benefícios para os pensionistas, particularmente para aposentados abastados, e a fusão de 13 fundos de pensão gregos em três fundos unificados para trabalhadores assalariados, empregados autônomos e produtores agrícolas.
O governo deverá apresentar a legislação ao parlamento nesta semana e uma votação é esperada para o fim do mês. As reformas fazem parte de um acordo que o governo grego fechou com a União Europeia e o FMI em troca de 110 bilhões de euros em empréstimos. Desafiado por uma população que envelhece rapidamente e um número desproporcional de aposentadorias antecipadas, especialistas alertam que o sistema de pensão grego corre o risco de entrar em bancarrota. A maior parte das reformas serão divididas em fases, a partir do próximo ano e até 2018.
A proposta provavelmente vai gerar mais resistência de sindicatos gregos que já estão insatisfeitos com uma série de medidas de austeridade recentemente anunciadas - que incluem cortes nos salários e aumentos de impostos. Os dois principais sindicatos do país, o GSEE, do setor privado, e o ADEDY, do setor público, promoveram na quarta-feira da semana passada uma greve geral de 24 horas para protestar contra as medidas de austeridade. Nesta semana, os sindicatos planejam fazer uma manifestação na quarta-feira contra as reformas e vão decidir, então, sobre novas ações de greve.
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