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Indústria automotiva

General Motors sai da concordata em tempo recorde

O presidente da General Motors, Fritz Henderson, confirmou oficialmente que a empresa saiu da concordata nesta sexta-feira (10). Foram 40 dias, desde o pedido feito em 1º de junho. A antiga GM vendeu seus ativos para a Nova GM, empresa que nasce sob o controle do governo dos Estados Unidos.

Anunciando uma nova era para GM, o executivo prometeu uma empresa lucrativa, mais rápida e com foco no consumidor. Além disso, se comprometeu a pagar os cerca de US$ 50 bilhões em empréstimos do governo dos EUA antes do prazo estabelecido de 2015.

Destacando que a saída da concordata ocorreu mais rápido do que qualquer um imaginaria, Henderson disse que estratégia principal da Nova GM será um foco maior no consumidor. A empresa, segundo ele, será mais rápida e mais capaz de reagir às necessidades de seus clientes que a antiga GM.

Entre as iniciativas para dar mais atenção a seus clientes está uma parceria com o site de leilões online eBay para vender veículos pela internet.

A ideia é que seja produzidos mais carros e caminhões que os consumidores queiram e que o lançamento possa ocorrer mais rápido do que no passado.

- Reconhecemos que recebemos uma rara segunda chance na GM e estamos muito agredecidos por isso. Admiramos o fato de agora termos as ferramentas necessárias para fazer o que precisa ser feito - afirmou Henderson a jornalistas.

Ele anunciou ainda que serão demitidos 450 executivos da montadora como parte do esforço de redução de custos na administração da Nova GM. O número corresponde a 35% dos cargos de gerência.

Entre os cargos que serão eliminados está o de presidente das operações na América do Norte, que será acumulado pelo próprio Henderson.

Além disso, o salário médio dos funcionários nos Estados Unidos será reduzido em 20% até o fim de 2009.

A informação sobre a saída da concordata havia sido divulgada cerca de duas horas antes pelo "New York Times" e por agências de notícias, citando fontes próximas às negociações.

A decisão da Justiça americana que autoriza a GM a vender a maior parte dos seus ativos à Nova GM - que terá controle estatal - entrou em vigor nesta quinta-feira, deixando o caminho livre para a empresa encerrar seu processo de concordata.

A montadora encerra o processo de concordata em tempo recorde, após o pedido em 1º de julho. Inicialmente, a previsão era de que o processo demorasse 90 dias.

A ordem da Justiça liberando a venda dos ativos demorou quatro dias para valer, para dar tempo de escutar os recursos contrários.

Com a venda de seus ativos, a GM, antes a maior e mais poderosa fabricante de veículos do mundo, deve se tornar uma companhia mais enxuta e ecológica, livre de dívidas e contratos pesados que quase a levaram à extinção. Entretanto, a empresa ainda tem pela frente uma concorrência internacional brutal e o pior mercado de venda de veículos em mais de 25 anos.

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