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Indústria automobilística

GM: país tem de crescer 5% ao ano para não afugentar capital

O presidente da General Motors do Brasil (GMB), Ray Young, afirmou nesta segunda-feira que o próximo governo deve implementar políticas de crescimento sustentável que faça o país crescer ao menos 5% ao ano para não afugentar investidores e deu prazo até 2007 para que a expectativa se concretize.

— O próximo governo precisa implementar políticas para o país crescer ao menos 5% ao ano. Não há alternativas. Se o Brasil não crescer 5% acho que vamos perder investimentos, porque os investidores estrangeiros têm paciência, mas temos paciência até um período, até um ano. Nós temos uma expectativa que até 2007 o Brasil vai focalizar o crescimento sustentável— disse Young.

O executivo criticou o crescimento "pífio" do Produto Interno Bruto (PIB), de 0,5% no último trimestre, anunciado na última semana. Ele disse que o índice pode afetar a previsão de crescimento da indústria automotiva no mercado interno em 2006, projetado em 7% pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Apesar da indústria ter registrado aumento de cerca de 10% no número de automóveis comercializados no país até o mês de agosto, o executivo acredita que a confiança dos consumidores foi abalada com o anúncio e afirmou que as vendas do setor podem crescer abaixo da expectativa de comercialização de 1,84 milhões de automóveis neste ano, caso o PIB não atinja o índice projetado em 3,5%.

— Se o país crescer menos, a indústria pode crescer menos de 7%. O anúncio do PIB causou um efeito psicológico e a confiança dos consumidores foi abalada— disse Young, em entrevista, após ministrar palestra no simpósio Tendências na Indústria Automobilística, realizado pela Sociedade de Engenheiros de Mobilidade (SAE Brasil), em São Paulo.

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