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Google cria rival “inteligente” para competir com o WhatsApp

Fachada da sede do Google: ofensiva contra o aplicativo do Facebook. | Stephen Brashear - AFP
Fachada da sede do Google: ofensiva contra o aplicativo do Facebook. (Foto: Stephen Brashear - AFP)

O Google apresentou na quarta-feira (18) um potencial rival para o WhatsApp, o aplicativo de mensagens Allo, além de novidades para usuários do sistema operacional Android, um alto-falante “inteligente” e um projeto de realidade virtual.

O Allo, que será lançado até setembro, usa o número do celular para identificar usuários (como faz o WhatsApp, usado por 1 bilhão de pessoas e que é do Facebook) e tem como o maior diferencial um assistente virtual embutido, o Google Now. Ele sugere possíveis respostas a fim de fazer com que as pessoas tenham de digitar menos, algo presente no app de e-mail Inbox, alternativa ao Gmail criada para celulares.

É possível “conversar” com a máquina, de maneira semelhante ao que acontece com outros assistentes virtuais (Siri, da Apple; Cortana, da Microsoft), usando texto. Também dá para chamar o Google Now para participar de um bate-papo com outra pessoa. O assistente é acionado quando da menção de algo em que pode ajudar, como “ir ao cinema” – o Google faz, então, uma busca e dá sugestões, além de poder dar continuidade a possíveis ações, também no chat (“comprar dois ingressos para Capitão América”, por exemplo).

Sistema operacional

O Android N, nova versão do sistema operacional do Google, o mais usado no mundo, é esperado para setembro. A ferramenta terá notificações mais sofisticadas, que mostrarão mais informações e permitirão ao usuário tomar ações –como responder a uma mensagem– sem ter de abrir o app correspondente (basta deslizar a notificação para expandi-la e expor uma caixa de texto).

A futura versão, que ganhará um nome sugerido por usuários, suportará o uso de mais de um app de cada vez, em janelas (algo que já é possível em versões modificadas do Android pela LG e pela Samsung). Segundo o Google, haverá melhorias em segurança (com a expansão do que é criptografado no software) e em vida de bateria.

Outra novidade do futuro Android anunciada na conferência anual da empresa para desenvolvedores é a atualização em plano de fundo, o que tornará os “upgrades” invisíveis ao usuário.

A proporção de usuários que estão “em dia” com o sistema é um problema para a empresa – só 7,5% estão na última versão, ante 84% dos donos de iPhone com o aparelho atualizado.

Aparelho obediente

Em outro esforço em inteligência artificial, a empresa anunciou o Home, um alto-falante sem fio e sem botões que é uma espécie de versão física do assistente Now – além de contrapartida ao Echo, lançado pela Amazon em 2014.

Além de respostas a perguntas, como faz a ferramenta de busca tradicional (em PCs), o serviço é capaz de tomar ações, como enviar mensagens, realizar pedido ou iniciar uma ligação.

Em realidade virtual, a gigante tecnológica apresentou a iniciativa Daydream, cuja proposta é usar smartphones com Android para exibir conteúdo tridimensional e “imersivo” com a ajuda de um suporte equipado com lentes.

A empresa faz algo semelhante no Cardboard, óculos que podem ser feitos de papelão a partir de um kit. A Samsung faz o mesmo com o seu Gear VR (que no Brasil custa R$ 799).

Para o Daydream, o Google tem entre seus parceiros de conteúdo HBO, Imax e CNN, além dos estúdios de game Electronic Arts e Ubisoft. Para a fabricação de aparelhos, LG, Samsung e Xiaomi.

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