O governo do Reino Unido assumiu o controle do Lloyds Banking Group ampliando sua participação dos atuais 43,5% para pelo menos 65% e, numa segunda etapa, para até 77%, informou a instituição neste sábado (7).

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No acordo feito com o terceiro maior banco do Reino Unido, o governo irá assegurar 260 bilhões de libras (cerca de US$ 367 bilhões) em ativos de risco do banco. Em fevereiro, o governo britânico concluiu um acordo parecido com o Royal Bank of Scotland (RBS).

Com o acordo, a participação do governo no terceiro maior banco do Reino Unido subirá dos atuais 43,5% para pelo menos 65% e, numa segunda etapa, para até 77%. O Lloyds, por sua vez, se comprometeu a elevar seus empréstimos, principalmente para empresas, em 28 bilhões de libras (US$ 39 bilhões) nos próximos dois anos.

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O presidente do Lloyds, Eric Daniels, disse em comunicado que o acordo "reduz substancialmente o perfil de risco do balanço do grupo" e permitirá ao Lloyds "superar a crise econômica mais severa de todos os tempos e se reerguer com força quando a economia se recuperar". Proteção de ativos

O Lloyds é o segundo banco a participar do programa de proteção de ativos do governo britânico. O primeiro foi o Royal Bank of Scotland, que recentemente anunciou o maior prejuízo da história empresarial britânica e chegou a um acordo com o governo para garantir 325 bilhões de libras em ativos tóxicos.

O Lloyds se viu obrigado a buscar ajuda estatal como consequência de sua fusão com o Halifax Bank of Scotland (HBOS), que recentemente informou sobre prejuízo próximo a 11 bilhões de libras (12,25 bilhões de euros).

Em uma operação apoiada pelo Governo, o Lloyds havia adquirido em janeiro passado o HBOS, em uma tentativa de evitar a falência desse grupo bancário. O acordo foi17 bilhões de libras, o que garantiu ao governo sua atual participação no Lloyds. Segundo o Lloyds, mais de 80% dos 260 bilhões de libras em ativos a serem assegurados são referentes a carteiras de empréstimos do HBOS.

Socorro aos bancos

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Em 19 de fevereiro, o Governo Gordon Brown anunciou o início do Programa de Proteção de Ativos, a fim de garantir os investimentos e dívidas tóxicas dos bancos para que possam retomar os níveis normais de concessão de créditos.

Ao recorrer ao plano, as entidades devem informar ao Estado sobre quanto esperam perder por culpa de seus ativos tóxicos, e o Tesouro pode assegurar até 90% dos prejuízos adicionais previstos.