O governo liderado por Lucas Papademos enfrenta nesta quinta-feira sua primeira greve geral, a sétima realizada na Grécia neste ano em protesto pelas políticas de austeridade.
Os principais sindicatos gregos - a Confederação Geral de Trabalhadores (GSEE), presente no setor privado, e a Confederação de Associações de Funcionários Públicos (ADEDY) -, que no total representam cerca de dois milhões de filiados, protestam pela redução de salários e pensões, as demissões massivas de funcionários públicos e o aumento dos impostos indiretos e do desemprego.
Deixarão de funcionar nesta quinta-feira todos os serviços da administração pública e municipal, incluindo as empresas públicas de eletricidade e comunicações, enquanto os hospitais trabalharão só em casos de urgência.
As escolas e universidades, assim como os tribunais, também aderirão à greve de 24 horas.
No caso do transporte, as ferrovias, as barcas e a marinha mercante pararão durante o dia todo.
Por outro lado, os transportes públicos da capital (metrô, ônibus, trolebus e bonde) interromperão suas atividades no início e no final do dia, e manterão seu funcionamento entre 8h e 9h e 21h e 22h da hora local para que os trabalhadores possam se deslocar ao centro para participar da manifestação principal.
Por outro lado, o principal sindicato de controladores aéreos e os trabalhadores das companhias aéreas decidiram não participar da greve e nenhum voo será cancelado.
Já o setor bancário será parcialmente afetado, visto que apenas um dos sindicatos aderiu à greve.
Esta greve geral, a primeira enfrentada pelo governo de união nacional presidido por Papademos, coincide com um conselho de ministros no qual se decidirá sobre um novo projeto de lei como parte das medidas de austeridade exigidas pelo acordo com Bruxelas de 26 e 27 de outubro.
Graças a esse acordo, a União Europeia (UE) decidiu conceder um novo empréstimo de 130 bilhões de euros à Grécia em troca de que os bancos negociem aproximadamente 50% da dívida grega e que o Executivo de Atenas realize novos cortes.
O projeto de lei, que será apresentado com procedimento de urgência ao Parlamento nos próximos dias, inclui diversas medidas como novas demissões de funcionários, cortes de salários públicos e pensões, e a liberalização de profissões reguladas por cotas, como a dos taxistas.
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