Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Medidas

Governo desonera folha de pagamento de 15 setores

As medidas foram anunciadas pleo ministro da Fazendo, Guido Mantega, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto | Roberto Stuckert Filho/PR
As medidas foram anunciadas pleo ministro da Fazendo, Guido Mantega, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Um total de 15 setores serão beneficiados com as desonerações da folha de pagamento anunciadas nesta terça-feira (3) pelo governo. As medidas fazem parte do Plano Brasil Maior, cujo intuito é aumentar a competitividade da indústria. A estimativa é que a desoneração total anual seja de R$ 7,2 bilhões. Para 2012 o montante será de R$ 4,9 bilhões, já que as medidas passam a vigorar a partir de julho.

O setores beneficiados são: têxtil, confecções, calçados e couro, móveis, plástico, material elétrico, auto-peças, ônibus, naval, aéreo, de bens de capital mecânica, hotelaria e, tecnologia de informação e comunicação, equipamentos para call center e design house (chips).

Medidas sobre o câmbio serão permanentes

BNDES amplia linhas de crédito para investimento

Plano de banda larga terá renúncia de R$ 1,4 bilhão

Desses, confecções, couro e calçados e a área da tecnologia de informação e comunicação já eram beneficiadas pelo Brasil Maior e tiveram as alíquotas novamente reduzidas.

"Em período de crise a competitividade dos outros países aumenta, há países que vendem abaixo do preço de custo, dão subsídios e, neste momento, temos que dar impulso à nossa competitividade brasileira", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao apresentar as medidas em cerimônia no Palácio do Planalto.

O governo também estabeleceu prioridade para a aquisição de bens e serviços nacionais com margem de preferência de até 25% sobre os produtos importados nas compras governamentais. Para os medicamentos, a margem de preferência será de 8%, com prazo de dois anos. Para fármacos, 20%, e biofármacos, 25%, ambos com prazo de cinco anos. O valor anual estimado de compras é de R$ 3,5 bilhões.

Haverá também preferência na compra de retroescavadeias com margem de 10% e motoniveladoras, 18%, até dezembro de 2015. O valor anual estimado de compras é R$ 3,5 bilhões.

Medidas sobre o câmbio serão permanentes

Sobre o câmbio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que as medidas terão caráter permanente, incluindo o aumento das reservas internacionais. A política de aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) também será mantida para taxar as operações especulativas. Por outro lado, a taxa básica de juros (Selic), que não tem como objetivo reduzir o câmbio, ajudará a evitar que os especuladores venham a investir no Brasil para garantir maior rentabilidade de suas aplicações.

Segundo ele, todas as medidas irão fortalecer a economia brasileira e garantir a continuidade do crescimento sustentável. Além disso, irão responder aos problemas que estão sendo criados pela crise econômica mundial.

"Mesmo países como a China estão reduzindo o PIB para 7,5% ante os 9,2% do ano passado. O Brasil é o único que reúne condições para responder à recaída da crise internacional, pois entre outras coisas tem mercado interno dinâmico, com geração de emprego e renda", disse. Voltar

BNDES amplia linhas de crédito para investimento

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou nesta terça-feira (3) a ampliação de diversas linhas de crédito voltadas ao investimento das empresas.

O PSI 4, por exemplo, teve o prazo para contratação estendido até 31 de dezembro de 2013. A ampliação do prazo gera um custo adicional para a equalização das operações de R$ 6,5 bilhões.

Entre as linhas oferecidas pelo BNDES para a compra de máquinas e equipamentos, o crédito para a compra de ônibus e caminhões terá o juro reduzido de 10% para 7,7% ao ano e o prazo, que era de 96 meses passa para até 120 meses. Pequenas empresas, que poderiam tomar crédito de até 80% do valor do bem, passarão a poder tomar até 100% do valor da compra. Para grandes empresas, a participação do crédito na operação sobe de 70% para 90%.

Em bens de capital, o juro para grandes empresas caiu de 8,7% para 7,3%, enquanto para pequenas empresas a taxa foi cortada de 6,5% para 5,5%.

No crédito para exportações pré-embarque, as taxas de juros estão mantidas (9% para grande empresa e 7% para as demais), mas a participação máxima do crédito subiu de 90% para até 100% da exportação e o prazo da operação subiu de 24 para 36 meses. Para inovação, os juros serão simplificados e cortados para 4% ao ano. Antes, algumas operações tinham taxa de até 7%. Voltar

Plano de banda larga terá renúncia de R$ 1,4 bilhão

Guido Mantega disse ainda que será criado o Plano Nacional de Banda Larga que vai triplicar a rede de 11 mil para 30 mil quilômetros até 2014. Mantega disse que a renúncia fiscal para o programa é de R$ 461 5 milhões este ano e de R$ 970 milhões em 2013, um total de R$ 1 431 bilhão.

O ministro também anunciou a prorrogação do programa Um Computador por Aluno até 2015. Está suspensa a cobrança de IPI, PIS, COFINS e Cide para fabricantes de computadores portáteis na aquisição de matérias primas.

O ministro também anunciou uma desoneração de IPI, PIS e COFINS sobre aquisições no mercado interno e importações de insumos e bens da indústria de semicondutores. Voltar

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.