O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmou nesta segunda-feira (26) que o governo destinará cerca de R$ 100 bilhões em recursos para o Plano de Safra 2010/2011, previsto para ser anunciado na segunda quinzena de junho. O valor, já adiantado por Rossi em entrevista à Agência Estado, deve ficar perto dos R$ 95 bilhões da safra atual, dos quais cerca de 10% não serão tomados pelos produtores.

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"O recurso oferecido (em 2009/2010) não foi totalmente tomado, primeiro pelo nível de endividamento do produtor, já que muitos perderam a capacidade de financiamento, e ainda porque muitos produtos estiveram em uma faixa de preço razoável e não precisaram de grande apoio", afirmou o ministro, que participou da abertura da Agrishow 2010, em Ribeirão Preto (SP).

Em um discurso no qual citou várias vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rossi salientou que os recursos destinados ao financiamento agrícola saltou de R$ 22 bilhões, em 2003, para quase R$ 100 bilhões neste ano que será o último ano de mandato de Lula. "O presidente Lula multiplicou os recursos colocados à disposição do agricultor e aumentou mais de dez vezes o volume de apoio à comercialização", afirmou o ministro.

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Na atual safra 2009/2010, os recursos para comercialização, que começaram a ser liberados agora, devem somar R$ 5,2 bilhões, valor que ainda pode crescer por meio de novos aportes orçamentários, ante R$ 5,1 bilhões da safra passada já com os recursos extras liberados.

Segundo o ministro, recursos já anunciados para apoio à comercialização de arroz, feijão e milho devem começar a ser repassados na próxima semana. "Devemos liberar ainda este mês operações para trigo e avaliamos outros produtos bem de perto, que ainda não precisam de apoio, como algodão e soja, pois estão acima do preço mínimo", explicou Rossi.

No discurso de abertura da Agrishow, cerimônia na qual estiveram presentes seus três antecessores - respectivamente Reinhold Stephanes, Luís Carlos Guedes Pinto e Roberto Rodrigues - Rossi fez duras críticas aos ambientalistas e chegou a defender o plantio de florestas exóticas como salvação das florestas naturais.

Rossi cobrou que o discurso sobre o meio ambiente seja transformado em prática agronômica. Disse ainda que quem pode defender o meio ambiente é quem vive nele, no caso, o agricultor, e completou: "não venham nos dar aulas de como preservar meio ambiente de dentro do salões da elite e dos shoppings centers de São Paulo, venham colocar o pé no barro".

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