A inflação oficial da Grande Curitiba, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou 0,91% em junho, acumulando alta de 7,37% no ano e de 10,20% nos últimos 12 meses – a maior inflação do país nesta base de comparação entre as 13 capitais pesquisadas pelo IBGE.
Em todos os cenários, IPCA de Curitiba e Região Metropolitana superou o índice nacional, que avançou 0,79% em junho e 8,89% nos últimos 12 meses.
A alta do mês de junho, em Curitiba, foi puxada principalmente pelo preço de alimentos e bebidas (0,47%), com destaque para o reajuste de verduras, legumes e frutas cuja produção sofre o efeito das chuvas. Nesse grupo, um dos itens mais afetados foi a cebola, com alta de 18,05% em junho. Em 12 meses, o preço da cebola subiu 173,2%.
Inflação acelera em junho e acumula alta de 8,89% em 12 meses, maior taxa desde 2003
IPCA atingiu 0,79% em junho, o maior índice para o mês em 19 anos
Leia a matéria completaÁgua, esgoto e energia
Também houve pressão do grupo de Habitação (1,58%), cujo índice foi influenciado pelo reajuste dos preços do aluguel (0,88%), condomínio (1,56%) e taxa de água e esgoto (4,93%), que sofreu o impacto da segunda parcela do reajuste da tarifa da Sanepar, de 6%, aplicada no dia 1º de junho.
Em fevereiro, a companhia de Saneamento recebeu autorização para reajustar em 12,5% a sua tarifa. O aumento foi dividido em duas etapas: uma em março, de 6,5%, e a outra em junho, quando foram repassados os 6% restantes. Nos últimos 12 meses, este item acumula alta de 11,76%.
O grupo ainda absorveu parte do reajuste da tarifa de energia aplicado no final do mês, no dia 24 de junho. A alta registrada no mês de junho foi de 2,49%, mas no acumulado sos últimos 12 meses a tarifa sofreu reajuste de 89,57%, segundo o IPCA.
A conta de luz do paranaenses, reajustada, em média, em 15,32%, deve contribuir para inflar o índice de julho.
“Incerteza”
Em entrevista à Gazeta, o secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, afirmou que os dados divulgados nesta quarta (8) preocupam, já que significam uma “redução da renda real das pessoas”.
“Diminui o consumo, e diminuindo o consumo diminuem as vendas e a arrecadação de tributos. Há uma incerteza com relação ao que acontecerá até o final do ano. O fato é que temos um quadro muito ruim de redução de transferências federais e de incertezas do quadro econômico que está nos sustentando”, reforçou o secretário.
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