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Crise financeira

Grécia descumprirá metas do FMI até 2012

O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, chega à reunião do gabinete dentro do parlamento, em Atenas. Segundo dados divulgados pelo Ministério das Finanças após a reunião, a Grécia não atingirá as metas do déficit orçamentário de 2011 e 2012 | Reuters
O ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, chega à reunião do gabinete dentro do parlamento, em Atenas. Segundo dados divulgados pelo Ministério das Finanças após a reunião, a Grécia não atingirá as metas do déficit orçamentário de 2011 e 2012 (Foto: Reuters)

A Grécia não atingirá as metas do déficit orçamentário de 2011 e de 2012 determinadas no plano de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de acordo com números publicados pelo Ministério das Finanças neste domingo, após o gabinete aprovar o esboço do orçamento para 2012.

O déficit orçamentário de 2011 ficará em 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, sem atingir a meta de 7,6%. Ele também será rebaixado para 6,8% do PIB no ano que vem, mas ainda assim não atingirá a meta do resgate, de 6,5%.

"Ainda faltam três meses críticos para terminar 2011, e a estimativa final de 8,5% de déficit do PIB pode ser atingida caso os mecanismos de Estado e os cidadãos respondam de acordo", informou o Ministério das Finanças em comunicado divulgado neste domingo.

Atenas põe a culpa da falha em atingir as metas na contração da economia pior que a esperada, enquanto seus credores dizem que a falha no avanço com as necessárias reformas estruturais também são parte da culpa.

A recessão mais profunda do que o esperado torna mais difícil para a Grécia obter receitas e atingir as metas do déficit. Ela também faz com que o impacto das medidas de austeridade, como aumento dos impostos e corte dos salários, pese muito mais sobre os cidadãos.

Demissões

O gabinete grego aprovou uma medida neste domingo para começar a reduzir o número de funcionários públicos, parte controversa do plano de austeridade destinado para a liberação dos empréstimos da União Europeia e do FMI.

O plano cria uma "reserva trabalhista" permitindo que trabalhadores estatais recebam apenas pagamentos parciais e sejam demitidos um ano depois. O governo informou ainda que iria colocar 30 mil trabalhadores na reserva até o final deste ano.

"A medida de reserva trabalhista foi aprovada de maneira unânime", disse à Reuters, em condição de anonimato, um vice-ministro que participou da reunião do gabinete, enquanto ela ainda estava em curso.

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