O governo grego enviou ao Parlamento nesta terça-feira (21) uma outra parte da legislação exigida pelos credores internacionais para iniciar as conversas sobre o pacote de resgate ao país.

CARREGANDO :)

O primeiro-ministro Alexis Tsipras tem até quarta-feira (22) à noite para fazer com que essas medidas sejam adotadas pela assembleia. Um primeiro conjunto de reformas provocou uma rebelião em seu partido na semana passada e só foi aprovado graças a votos de partidos de oposição favoráveis à União Europeia.

Projeto

O segundo projeto, embora menos desagregador, ainda será um teste para a enfraquecida maioria do premier. Ele transforma em lei novas regras da União Europeia sobre apoio a bancos falidos, decretadas após a crise financeira de 2008 com o objetivo de proteger contribuintes do risco de terem que resgatar bancos com problemas. O pacote inclui a introdução da diretriz europeia de 2013, adotada após a crise no Chipre, que garante aos correntistas os depósitos bancários até 100 mil euros.

Publicidade

O projeto também inclui a adoção de novas regras para o sistema de Justiça civil do país, com o objetivo de acelerar os processos judiciais e cortar custos.

Junto com seus parceiros de coalizão do partido de direita Gregos Independentes, Tsipras tem 162 assentos no Parlamento de 300 deputados. Mas a rebelião da semana passada cortou seu apoio para apenas 123 votos, o que significa que ele provavelmente precisará novamente de votos da oposição.

De acordo com agências de notícias France Presse, o sindicato de funcionários Adedy anunciou uma manifestação ante o Parlamento na tarde de quarta-feira, quando será realizado o debate do texto com caráter de urgência.

A Grécia espera que as negociações com seus credores internacionais sobre o pacote de resgate que pode chegar a 86 bilhões de euros ao longo de três anos seja concluído até 20 de agosto, disse nesta terça-feira a porta-voz do governo Olga Gerovasili.

As conversações começarão logo depois da votação desta quarta-feira no Parlamento sobre o novo conjunto de reformas exigidas pelos credores, disse a porta-voz em comunicado: “Imediatamente depois da votação das ações prévias, começarão as negociações com os credores e 20 de agosto será a data final”.

Publicidade