A Grécia reabriu seus bancos e ordenou o pagamento de bilhões de euros devidos a credores internacionais nesta segunda-feira (20), nos primeiros sinais de um retorno à normalidade após o acordo para iniciar negociações sobre o novo pacote de resgate.
Clientes fizeram fila do lado de fora das agências bancárias, abertas pela primeira vez em três semanas, depois que os bancos fecharam as portas para salvar o sistema bancário de um colapso sob a enxurrada de saques.
Aumentos no imposto sobre valor agregado acertados sob os termos do resgate também entraram em vigor, com o IVA sobre alimentos processados e transporte público saltando de 13% para 23%. O mercado acionário continua fechado até nova ordem.
“É positivo os bancos estarem abertos, embora o efeito seja mais psicológico para as pessoas do que qualquer outra coisa”, disse o aposentado Nikos Koulopoulos, 65 anos.
Os limites sobre os saques em dinheiro, contudo, continuam, – em 420 euros por semana no lugar do limite anterior de 60 euros por dia – e os pagamentos e transferências ao exterior ainda não são possíveis.
Uma situação que a chanceler alemã Angela Merkel disse no domingo que “não é uma vida normal” e garantiu negociações rápidas sobre um novo resgate, estimado em um total de até 86 bilhões de euros.
Os gregos podem agora depositar, mas não descontar cheques; pagar contas; ter acesso ao cofres; e a sacar dinheiro sem cartão de caixa eletrônico.
Dívidas
Atenas iniciou procedimentos para pagar 4,2 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE). O país também pagará 2,05 bilhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em atrasados desde 30 de junho, quando a Grécia se tornou a primeira economia desenvolvida a dar calote no FMI.
Também está pagando um empréstimo de 500 milhões de euros devidos ao banco central grego.