O ministro de Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, disse neste sábado (7) que a reunião ministerial da Zona do Euro que ocorreu ontem em Luxemburgo discutiu os próximos passos que o país terá de dar para sair da crise e sugeriu que o governo grego pode precisar de mais ajuda financeira da União Europeia.

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Em declaração a jornalistas, Papaconstantinou disse que a reunião de ontem discutiu a capacidade de a Grécia voltar aos mercados de dívida em 2012. Sem esse retorno, o país pode ter que recorrer ao fundo especial de ajuda europeia, que recentemente foi autorizado a comprar os títulos de dívida dos países membros da UE que necessitam de ajuda.

"Os mercados continuam a desconfiar de nosso país", afirmou ministro. "Temos que planejar os próximos passos para 2012 e 2013, então a Grécia tanto pode ir ao mercado quanto usar a alternativa do fundo de ajuda europeu, que poderia comprar bônus gregos", disse. "Foi essa a discussão de ontem", afirmou, desmentindo a notícia da revista alemã Der Spiegel dizendo que a Grécia abandonaria a Zona do Euro.

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Em maio do ano passado, a Grécia evitou o calote da dívida com a ajuda de 110 bilhões de euros emprestados pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de um programa de três anos de redução de déficit orçamentário e revisão da economia. Desde então, o país cortou o déficit em um terço, para 10,5% do PIB, mas muitos investidores ainda não se convenceram de que o país será capaz de honrar sua gigante dívida.

Nas últimas semanas, os juros dos títulos do governo grego dispararam para níveis recordes com investidores embutindo nos bônus o risco de inadimplência em meio a rumores sobre uma eventual reestruturação de dívida, o que implicaria prejuízo para quem detém os bônus.

Ontem, os mercados financeiros foram atingidos por uma nova onda de nervosismo depois que a revista alemã Der Spiegel disse que a reunião dos ministros de Finanças da Zona do Euro em Luxemburgo tinha sido chamada para discutir um plano de saída da Grécia do bloco. Papaconstantinou definiu a notícia como "piada perigosa". "O assunto nunca foi levantado, nem discutido".