FMI decide em março sobre ajuda para Grécia
O conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) decidirá sobre o tamanho de sua contribuição para o pacote de ajuda à Grécia "na segunda semana de março", afirmou a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, nesta terça-feira (21).
Em entrevista coletiva após a longa reunião que fechou o acordo, Lagarde disse que era prematuro especular sobre a decisão do conselho. Relatos não confirmados diziam antes do acordo que o FMI cortaria sua contribuição em 50% ou mais no segundo pacote de ajuda, após assumir 30% do primeiro acordo, fechado em 2010.
Lagarde disse que o FMI acompanharia de perto a implementação dos compromissos anteriores da Grécia, bem como o progresso da Europa no fortalecimento das proteções para conter a crise.
O comissário para assuntos monetários da União Europeia, Olli Rehn, falando na mesma entrevista coletiva, disse que, como medida interina, o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) e a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) podem ser geridos simultaneamente, até que o mandato da EFSF expire em 2013. Os 17 países da zona do euro já concordaram em princípio em lançar o ESM em meados deste ano, um ano antes do planejado.
Rehn disse que haverá representantes permanentes da chamada troica - formada por Banco Central Europeu (BCE), FMI e Comissão Europeia - ficarão na Grécia para monitorar a implementação do programa de austeridade, satisfazendo uma demanda dos credores. As informações são da Dow Jones. (AE)
A Grécia pode precisar ainda de outro pacote de socorro, reportou o jornal Financial Times, citando um relatório confidencial sobre as projeções da dívida do país preparado pelos ministros das Finanças da zona do euro.
O jornal afirma que uma análise da sustentabilidade da dívida de 10 páginas circulada para ministros europeus na semana passada sugere que o pacote de resgate de 130 bilhões aprovado na maratona de negociações em Bruxelas na madrugada desta terça-feira pode não ser suficiente para resolver a crise da dívida grega.
Em um "cenário negativo", a Grécia pode precisar de até 245 bilhões e suporte oficial, disse o FT, citando o documento. "O suporte financeiro prolongado em condições adequadas por parte do setor oficial pode ser necessário", afirma o relatório, segundo o jornal. As informações são da Dow Jones.
Análise cuidadosa O organismo que representa os credores do setor privado da Grécia disse que recomenda que eles "considerem cuidadosamente" o novo acordo fechado nesta terça-feira (21), que os força a aceitar uma perda maior sobre os bônus gregos que possuem.
O Instituto para Finanças Internacionais (IIF) afirmou que viu o acordo "como baseado e coerente com o acordo voluntário alcançado com as autoridades da zona do euro e Fundo Monetário Internacional (FMI), em Bruxelas, em 27 de outubro de 2011."
O IIF não chegou a dar uma aprovação mais clara do acordo, que irá forçar credores a renunciarem a 53,5% do principal da dívida que detêm através de uma troca de bônus que irá reduzir a carga da dívida da Grécia em 107 bilhões. Nas cúpulas de outubro e dezembro, o instituto tinha concordado em aceitar uma redução de 50%.
Para cada 100 em bônus oferecidos na troca de dívida, os detentores de bônus receberão novos bônus com valor de face de 31,5 e um papel de curto prazo emitido pela Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) com valor de face de 15.
Os novos bônus têm vencimentos de entre 11 e 30 anos, "reproduzindo uma amortização de 5% por ano a partir de 2023", afirmou o FMI.
O juro nominal sobre os novos bônus do governo da Grécia será de 2% por um período de três anos de fevereiro - de 2012 a fevereiro de 2015. A partir dessa data, o juro nominal será de 3% pelos próximos cinco anos. De fevereiro de 2020 a fevereiro de 2042, o juro subirá para 4,3%. O juro nominal médio ponderado para os primeiros oito anos será de 2,63% e no período total de 30 anos, de 3,65%, disse IIF.
As informações são da Dow Jones.
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