A Grécia deve impor medidas mais duras de austeridade fiscal e prometer acelerar o programa de privatização em troca de um novo resgate internacional, para evitar a moratória da dívida do governo.
O primeiro-ministro grego, George Papandreou, apresentará nesta sexta-feira a sua parte do acordo, um plano orçamentário de médio prazo, quando se reunir com o líder dos ministros das Finanças da zona do euro -- que serão os principais credores, junto com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em Atenas, pessoas faziam um protesto em frente ao Ministério das Finanças, pendurando um enorme cartaz no prédio para denunciar políticas que, segundo elas, "transformarão trabalhadores em escravos."
Reunidas em Viena, autoridades da zona do euro aprovaram, a princípio, um novo programa trienal para a Grécia, que vai até 2014, disse uma fonte próxima às negociações na noite de quinta-feira.
O novo acordo substituiria o resgate de 110 bilhões de euros concedido à Grécia pela União Europeia e o FMI, há um ano.
O contribuinte da zona do euro arcou com o socorro da Grécia, da Irlanda e de Portugal, mas o novo acordo envolveria certa participação dos investidores do setor privado, disse a fonte à Reuters.
Porém, a participação seria limitada para evitar um "evento de crédito", disse a fonte, sem dar números.
O jornal grego Kathimerini noticiou que o resgate deve totalizar 85 bilhões de euros ao longo de três anos, até 2014, com a UE e o FMI contribuindo com mais de 30 a 40 bilhões.
Uma autoridade do governo grego disse que Atenas acertou 6,4 bilhões de euros em novas medidas para reduzir o déficit orçamentário de 2011 e encerrar negociações de resgate com a equipe de inspetores internacionais nesta sexta-feira.