| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

A paralisação dos aeroviários provocou uma sequência de atrasos e cancelamentos de voos em todo o país nesta quarta-feira (3). A categoria pretendia cruzar os braços durante duas horas, a partir das 6 horas, em 12 aeroportos. A previsão da Infraero é que haja um “efeito cascata”,com problemas nos aeroportos ao longo do dia.

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No Aeroporto Afonso Pena, na Região Metropolitana de Curitiba, nenhum voo saiu entre 6h e 8h. Às 8 horas havia oito voos atrasados e seis cancelados, sendo a maioria para São Paulo. A paralisação provocou filas grandes no check-in e mesmo voos remarcados para depois das 8h estavam atrasados. O primeiro voo decolou somente às 8h25. Às 10 horas, eram registrados 11 cancelamentos e 19 atrasos, entre os 36 voos previstos para o Afonso Pena.

FOTOS: Veja imagens da paralisação no Afonso Pena

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A gerente de projetos Gislene Oliveira tinha um voo para São Paulo, onde tinha uma reunião com um cliente, marcado para 6h07. Ele foi cancelado e até as 8h ela não tinha informações sobre um novo horário de embarque. “Eu sabia da greve, mas vim assim mesmo porque não posso perder essa reunião”, disse.

Um grupo de professores que ia para um encontro em Três Lagos, no Mato Grosso do Sul, teve o voo para Campinas, que saía às 6 horas, cancelado. Eles perderam a conexão e teriam de remarcar a passagem para sair de Curitiba às 14 horas, com o inconveniente de ter de fazer o trecho entre Campinas e Três Lagos por via terrestre. Eles não sabiam da greve e, por isso, não alteraram o dia da viagem.

Segundo a Infraero, às 10 horas havia 264 voos atrasados no país (39,3% do total) e outros 121 cancelados (18% do total). A paralisação acontece no Recife, em Porto Alegre, Brasília, Salvador, Curitiba, Rio, Florianópolis, Campinas e Fortaleza.

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A adesão dos trabalhadores à paralisação é nacional, motivada por desacordos no reajuste salarial dos trabalhadores do setor. Segundo a categoria, as empresas se recusam a conceder reajuste mínimo, que capaz de repor as perdas inflacionárias acumuladas em 2015. A data-base dos trabalhadores venceu em 1º de dezembro e as empresas ofereceram 11% de aumento parcelado em duas vezes, proposta que não foi aceita.

O presidente do Sindicato dos Aeronautas, Adriano Castanho, cerca de 700 trabalhadores aderiram à greve. “Todas as nossas tentativas de negociação foram frustradas porque eles (sindicatos patronais) são resistentes. Entendemos que a situação do país é dificil, mas acatar a proposta deles (escalonar o aumento) é inaceitável”,- falou.

Diante da greve, a TAM informa que liberou os passageiros da taxa de remarcação de passagens e do pagamento da diferença de tarifas para a mudança de voos nacionais previstos entre 6h e 18h e para voos internacionais entre 6h e 8h.

Aeroviários cruzaram os braços por duas horas na manhã desta quarta.
Salas de embarque ficaram fechadas durante o período.
Com a greve, filas se formaram no saguão de check-in.
As aeronaves ficaram paradas até pouco depois das 8 horas.

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