A greve dos bancários completou nesta sexta-feira (16) 11 dias, somando 301 agências e 11 centros administrativos fechados em Curitiba e região, segundo o sindicato da categoria. Ainda não há previsão para o término da paralisação – segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, os trabalhadores aguardam posicionamento da Fenaban para a retomada das negociações.
A estimativa é de que 13,8 mil bancários estejam de braços cruzados na capital e cidades vizinhas, o que corresponde a cerca de 75% do efetivo da região. Em todo o Brasil, 500 mil profissionais estão parados.
Uma assembleia está marcada para a tarde desta sexta em Curitiba, às 17 horas, no Espaço Cultural dos Bancários (Rua Piquiri, 380). No entanto, o encontro tem apenas caráter informativo e não haverá deliberações sobre o fim da paralisação.
Auxílio
Integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estão apoiando ativamente a greve dos bancários, que completa 11 dias nesta sexta-feira (16). Eles fazem piquetes na porta das agências e auxiliam os grevistas, atuando como vigilantes. O apoio foi declarado publicamente no site do sindicato no início da greve. “Demonstraremos nossa solidariedade orientando a militância sem-teto a contribuir com a greve, com apoio aos piquetes e todas as outras formas que sejam necessárias.”
Reivindicações
No dia 25 de setembro, a federação dos bancos ofereceu reajuste de 5,5% mais abono de R$ 2,5 mil aos bancários. Segundo o sindicato, a proposta é considerada “desrespeitosa” pela categoria.
Desde então, as negociações foram interrompidas e nenhuma nova proposta foi apresentada.
Os trabalhadores pedem 16% de reajuste salarial, incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real, além de participação nos lucros de salários no valor de três salários mais R$ 7.246,82 fixos.
O comando nacional dos bancários, formado por dirigentes de diversas regiões do país, vai se reunir na quarta-feira (21), em São Paulo, para avaliar a campanha e definir os próximos passos do movimento.
Consumidor
Apesar da greve dos bancários, os prazos de vencimento de faturas, boletos bancários e outros tipos de cobrança continuam valendo. Os consumidores que não querem pagar juros e multa devem usar os caixas eletrônicos ou canais de atendimento pela internet para pagar suas dívidas, orienta o Procon-PR. A mesma dica vale para as pessoas jurídicas.
Para quem não é cliente de nenhuma agência, a alternativa é entrar em contrato com o credor e negociar outras formas e lugares alternativos para o pagamento, como Casas Lotéricas e a própria sede da empresa.
De acordo com o Procon-PR, os consumidores devem anotar os números de protocolo de atendimento para que possam reclamar caso o credor não ofereça opções de lugares para quitar a dívida.
O Procon-PR afirma que os canais de autoatendimento devem continuar funcionando normalmente, por isso não é necessário tirar dinheiro imediatamente. Mas, em greves anteriores, já aconteceram casos isolados de falta de envelopes para depósito e dinheiro em caixas eletrônicos.
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