Paralisação do MTE começou há 21 dias
- Servidores do MTE entrarão em greve por tempo indeterminado nesta quinta
- Greve de servidores administrativos afeta atendimento do Ministério do Trabalho no PR
- Greve do MTE faz aumentar procura por carteiras de trabalho nas Ruas da Cidadania
- Greve tem adesão de 95% dos servidores do Ministério do Trabalho, diz sindicato
- Por causa da greve, é preciso atenção ao dar entrada no seguro-desemprego
Trabalhadores reclamam dos prejuízos causados pela greve dos servidores do Ministério do Trabalho (MTE). A paralisação começou há 21 dias e desde então não é possível dar entrada no recurso para receber o seguro desemprego.
Uma das desempregadas que aguarda o benefício é Rosilda Fernandes, que há quatro meses espera o resultado do recurso e agora vê o protocolo paralisado por causa da greve. "Estou com os "papeis parados" e por isso não consigo outro emprego", disse Rosilda, em entrevista ao telejornal Paraná TV.
Em Curitiba, o trabalhador pode dar entrada no pedido do benefício na Agência do Trabalhador, na Rua Pedro Ivo, 750, no Centro, ou nas agências que foram municipalizadas e ficam nas Ruas da Cidadania. Porém, se houver algum erro ou problema o benefício não é liberado e é preciso entrar com o recurso e isso tem que ser feito exclusivamente na Superintendência Regional do Trabalho , em Curitiba, ou nas delegacias regionais do trabalho, no interior do Paraná. E há 21 dias não é possível entrar com recurso por causa da greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego.
Normalmente, o benefício é liberado em 30 dias, de acordo com a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social (Setp). Já se for preciso entrar com recurso, o prazo fica entre 80 e 120 dias, de acordo com a Secretaria Municipal do Trabalho.
Outro lado
De acordo com Gilberto Félix da Silva Júnior, do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), a greve do Paraná não influencia, pois é a lentidão do julgamentos dos recursos em Brasília que atrasa a liberação. "Os trabalhadores precisam perceber os problemas que existem no Ministério do Trabalho. A greve também tem o objetivo de obter melhorias no atendimento aos trabalhadores", argumentou o sindicalista.
Sobre a greve, Silva afirmou que até o momento o sindicato não conseguiu marcar uma reunião de negociação com o Ministério do Trabalho e nem com o Ministério do Planejamento. "Cerca de 300 servidores estão em Brasília e estamos tentando pressionar o governo federal", afirmou
De acordo com o Sindprevs-PR, 23 estados e o Distrito Federal aderiram ao movimento, e no Paraná a mobilização atinge 97% dos 200 servidores. Para o sindicato, o avanço conseguido pelos trabalhadores foi a convocação do ministro do Trabalho, Carlos Luppi, para falar ao Congresso Nacional sobre a greve e as condições de trabalho dos servidores, o que deve acontecer em 10 de dezembro.
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