A procura para dar entrada na carteira de trabalho nas Ruas da Cidadania - nas quais se pode ter acesso a serviços da prefeitura de Curitiba - aumentou 20% na quinta-feira (5) e na sexta-feira (6) por causa da greve dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Paraná. Diariamente são feitas aproximadamente 160 carteiras de trabalho nas nove Ruas da Cidadania de Curitiba e nesses dois dias foram feitas cerca de 200, de acordo com a Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego.
Entretanto, a paralisação prejudica a emissão do documento. Isso porque nesses postos de atendimento da prefeitura é possível dar entrada no pedido da carteira, mas a emissão fica por conta do Ministério do Trabalho, cujos servidores estão em greve.
Normalmente a carteira de trabalho leva em média 20 dias para ficar pronta, mas o serviço está suspenso durante a greve. De acordo com o Superintendente da Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, Paulo Rossi, a orientação para o trabalhador é de que dê entrada no documento e aguarde a finalização do movimento.
Já Gilberto Félix da Silva Júnior, servidor do Ministério do Trabalho e diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs), afirmou que no momento da contratação o trabalhador deve apresentar o protocolo de entrada no pedido do documento ao empregador e informar que ao final da greve levará a carteira para que seja assinada "Nesse caso o patrão que não quiser contratar - por causa da falta da carteira - estará dando uma desculpa ou agindo de má-fé", afirmou Silva.
Segundo o diretor do sindicato, o trabalhador deverá ser cadastrado no livro de registro do empregado, pois é a partir desse documento que se estabelece o vínculo com a empresa. "Não adianta nada o trabalhador ter a carteira registrada, se não constar nesse livro. Pois, a fiscalização do Ministério do Trabalho é feita com base nos dados que fazem parte do livro de registro do empregado", completou.
Greve
De acordo com o Sindprevs, 95 dos cem funcionárias do MTE do interior do Paraná aderiram ao movimento. Já na capital, aproximadamente, 40 dos cem funcionários aderiram ao movimento.
Silva afirmou que até o momento o comando nacional da greve não foi procurado pelo governo federal para que seja marcada uma reunião de negociações. A paralisação acontece em 19 estados, além do Paraná.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial; implementação de um plano de carreira específico; melhoria nas condições de trabalho; jornada de trabalho de 12 horas, dividida em dois turnos de seis horas; que os candidatos aprovados no último concurso público sejam chamados; e que não haja perdas salariais no momento da aposentadoria.
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