A greve dos bancários completa nesta segunda-feira (19) 14 dias, com 56% das agências de todo o país fechadas. A última rodada de negociação entre bancos e trabalhadores ocorreu na quinta-feira. Não há data para uma nova reunião.
Segundo a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR), em todo o estado são 791 agências e dez centros administrativos paralisados – no total, mais de 19 mil trabalhadores participam da greve no Paraná.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região marcou uma assembleia para esta segunda-feira à tarde. O encontro, no entanto, tem caráter apenas organizativo.
Impasse
Os bancos oferecem 7% de reajuste mais R$ 3,3 mil de abono salarial. A categoria, no entanto, reivindica 14,78% de reajuste.
A categoria também reivindica participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Os bancários entregaram a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca de 512 mil pessoas.
Para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), se somados o abono e o reajuste, haverá “ganho superior à inflação na remuneração do ano da grande maioria dos funcionários do sistema bancário”.