A zero hora desta terça-feira (6) os trabalhadores de bancos de todo o Brasil entrarão em greve, sem previsão de encerramento. A reivindicação é por reajuste salarial de 14,78% ( o que representa um aumento real de 5%); antecipação e reajuste na participação dos lucros – de três salários mais R$ 8.317,90 em parcela fixa; aumento do piso salarial para R$ 3.940,00 (conforme calculado pelo Dieese); aumento do vale alimentação para R$ 880,00 por mês; plano de carreira e melhores condições de trabalho – com o fim das dispensas imotivadas e das metas abusivas.
A proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de 6,5% de reajuste salarial (2,8% abaixo da inflação) e abono de R$ 3 mil.
A assembleia marcada para esta segunda-feira (5), às 18h30 no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários, irá definir a organização dos trabalhadores, em Curitiba, para os próximos dias de greve. “Faremos um trabalho de conscientização e de mobilização dos trabalhadores, focando, primeiro, no anel central, em todas as agências e centro administrativos, para ir espalhando para os bairros. É um processo dinâmico e crescente”, comenta Elias Jordão, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.
Segundo Jordão, se a tendência de outras greves for seguida, de 40 a 50% dos trabalhadores irá aderir à paralisação já no primeiro dia.
Confira as alternativas para não ficar na mão
Mesmo com os caixas automáticos e com os correspondentes bancários programados para funcionar normalmente, listamos outras possibilidades para você realizar suas operações e não ser prejudicado durante esse período de greve.
Os bancos correspondentes são empresas contratadas por instituições financeiras que desempenham algumas das funções realizadas por estas. O exemplo mais conhecido é o das lotéricas, correspondentes da Caixa Econômica Federal. Outras instituições, como o Banco do Brasil, credenciam outros locais para que ofereçam serviços de saques, depósitos, transferências, pagamentos e outras operações.
É o caso das agências dos Correios e dos escritórios de despachantes. Para se informar a respeito dos locais autorizados por seu banco - e as operações realizadas por eles -, é preciso acessar o site do mesmo.
Nas cooperativas de crédito, o contribuinte pode fazer o pagamento de boletos e de títulos em geral, como luz, água e telefone, desde que estejam dentro do prazo de recebimento, assim como pagamento de IPVA e licenciamento do automóvel. Saques, transferências e depósitos para correntistas de outros bancos, no entanto, não são feitos.
Além de receberem o pagamento das contas de luz, água, telefone, aluguel e condomínio, nas lotéricas é possível, também, fazer o pagamento de boletos - com valores máximos de R$ 2.000, com vencimento na Caixa, e de R$ 700, nas demais instituições -, pagamento de multas de trânsito impressas pela internet e que tenham pagamento em outros bancos, além de saques do FGTS e do seguro-desemprego com o Cartão Cidadão.
Clientes Caixa podem ainda fazer saques diários de R$ 1.500, de segunda à sexta, e de R$ 500, aos sábados. Correntistas do Banco do Brasil também estão autorizados a fazer esta operação, mas com o limite de R$ 500, de segunda a sábado.
Com as agências fechadas, os clientes podem consultar saldos, fazer pagamentos, transferências, depósitos e outros serviços, a qualquer hora do dia, por meio do computador, do celular e do tablet.
Como a greve não é de responsabilidade do fornecedor nem do consumidor, não podem ser impostas penalidades, como multa e juros, no caso de atraso no pagamento. Independente disso, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) recomenda que consumidor se programe para realizar o pagamento, de preferência antes mesmo da data de vencimento da conta.
No caso de pagamentos, o Idec recomenda a solicitação de comprovante. Imprimir ou salvar o no computador ou celular, se feito pela internet; anotar o número do protocolo, se pelo telefone, ou solicitar um recibo, se o pagamento for feito diretamente com a empresa.