Bancários em várias partes do país anunciaram paralisações. Os bancários reivindicam mudanças nos cálculos da participação nos lucros e um aumento salarial de 13%. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 7,5%. A proposta foi rejeitada em assembléia. Aprovaram paralisar as atividades por 24 horas, bancários em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba e Piauí. Os trabalhadores de Salvador, Rio de Janeiro e Brasília decidiram por greve por tempo indeterminado.
No Rio, a maioria das agências fechadas estão no Centro da cidade. De acordo com o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, a adesão à greve da categoria chega a quase 100% na região, onde quase 200 agências estariam paralisadas. Ainda segundo o Sindicato, a paralisação já atinge 60% das unidades nas zonas Norte e Sul e metade das agências da Zona Oeste.
Em São Paulo, um balanço parcial do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região indica que 220 locais de trabalho da categoria, entre agências e prédios administrativos, foram paralisados pela greve de 24 horas iniciada nesta terça. A estimativa é que 10 mil bancários tenham aderido ao protesto. A Caixa Econômica Federal (CEF) é o banco com mais agências paradas na região central da cidade.
Segundo o sindicato, Bradesco e HSBC conseguiram na Justiça um instrumento denominado interdito proibitório, que impede que os grevistas cheguem a distância inferior a 50 metros da porta da agência. Com isso, são impedidos os piquetes. A base do Sindicato tem cerca de 120 mil bancários na capital e Osasco.
No Vale do Paraíba paulista, os bancos não abriram nesta terça-feira em Jacareí, São José dos Campos, São Sebastião, Caraguatatuba, Taubaté e Pindamonhangaba. Nas principais agências, apenas os caixas eletrônicos estão funcionando. Em Bragança Paulista, os bancários realizam uma assembléia para decidir se a paralisação continua durante à tarde.
Em Brasília, bancários decretaram greve por tempo indeterminado. De acordo com informações do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, a greve atinge todas as agências bancárias, mas os serviços de auto-atendimento funcionam normalmente.
Conforme informações da Contraf, mais de 90 agências na capital e região metropolitana de Curitiba estão fechadas.
Na quarta-feira, o Comando Nacional dos Bancários tem reunião marcada na parte da tarde na sede da Contraf-CUT para avaliar as mobilizações e qual serão os passos seguintes do movimento.
Segundo a categoria, a auto-atendimento funcionará normalmente em todas as regiões onde houver paralisação para reduzir o possível incômodo aos clientes. Uma carta aberta com informações sobre os motivos que levaram os trabalhadores a protestar será entregue à população.