Bancários do Paraná devem entrar em greve na quinta-feira
Bancários de Cascavel, Maringá, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, União da Vitória, Paranaguá, Goioerê, Telêmaco Borba, Cianorte, Londrina e Toledo vão paralisar as atividades a partir da meia-noite da quinta-feira (19).
Funcionários dos Correios do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (18). O sindicato que organiza o protesto relata que, nesta quarta, as agências não são afetadas e funcionam normalmente. O foco inicial do sindicato está na interrupção dos serviços nos Centro de Distribuição Domiciliária (CCD), onde é organizada a logística das entregas. A mobilização integra uma manifestação que envolve outros estados do país, com exceção de Rio de Janeiro e São Paulo, que anteciparam a greve e já voltaram ao trabalho.
A estratégia dos grevistas do Paraná, neste primeiro dia de paralisação, foi acionar os delegados sindicais de cada CCD para convencer os trabalhadores a cruzarem os braços, segundo Luiz Henrique Ferreira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR).
A assembleia do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom) realizada na tarde desta quarta-feira (18/09) em Curitiba não chegou à definição de atos a serem articulados nesta quinta. O secretário-geral do Sintcom-PR, Jurandir Damião da Silva, diz que a intenção da entidade é obter mais adesão com a convocação de trabalhadores de centros de distribuição. Entre os CDDs fechados em Curitiba estão os do Alto da Glória, Afonso Pena, Novo Mundo, Abranches, Santa Cândida, Bairro Novo, São Brás, Campo Comprido, Capão da Imbuia e Bacacheri. Na região metropolitana, não funcionaram ontem os centros de Pinhais, São José dos Pinhais, Itaperuçu, Colombo e Balsa Nova.
Damião cita que outras cidades do estado também sinalizaram que irão aderir à greve. Durante a tarde, o SintCom informou que a greve alcançou 70% dos carteiros paranaenses, afetando boa parte do serviço de entregas. A paralisação não chegou a funcionários do setor administrativo. Mas agências foram fechadas em São José do Itaperiú, Balsa Nova e Itaperuçu. Em Curitiba, o serviço funciona normalmente.
Na lista das cidades-polo com participantes do protesto estão Ponta Grossa, Cascavel, Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Toledo, Guaíra, Maringá, Umuarama e Paranavaí. O secretário diz que cidades menores vão paralisar o serviço e que cada núcleo do estado fará, nesta tarde, uma assembleia de deliberação para os próximos passos do movimento.
Outro lado
Os Correios informaram que, no Paraná, 90% dos funcionários trabalham normalmente, segundo nota enviada durante a tarde desta quarta. A estatal afirma que as agências funcionam normalmente e que problemas isolados são registrados nos CCDs. Via assessoria de imprensa, a empresa esclareceu que a rede de atendimento está aberta em todo país e todos os serviços estão disponíveis -- com exceção da postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais com paralisação deflagrada.
Em São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte e Bauru (SP) não há paralisação desde que o movimento foi encerrado no dia 13. Para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento nas agências, a empresa afirma que aplica medidas do seu Plano de Continuidade de Negócios, com horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana e deslocamento de empregados entre as unidades.
O Sintcon relativizou a estatística informada pela estatal sobre a adesão à greve no Paraná. Para Silva, o número desconsidera a mobilização entre os carteiros, que conforme o sindicato chega a 70% no Estado. "Os funcionários do administrativo,que ficam no prédio, realmente nunca fazem greve. Mas os carteiros aderiram, há inclusive CDDs parados na região metropolitana", afirma.
Movimento paranaense quer mobilizar trabalhadores em São Paulo e no Rio
O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (SintCom) antecipou para esta quarta-feira (18/09) às 16 horas, em frente ao prédio da estatal na rua João Negrão, em Curitiba, a assembleia na qual serão definidas as ações para a greve anunciada hoje no estado. A categoria pretende mobilizar atos amanhã em Curitiba.
Segundo o secretário-geral do Sintcom-PR, Jurandir Damião da Silva, a intenção dos grevistas é também ampliar o movimento buscando a adesão dos trabalhadores das capitais de São Paulo e do Rio de Janeiro, que voltaram ao trabalho após dois dias de paralisação. "A greve nesses estados foi de fachada, existem muitos trabalhadores revoltados com a negociação", avalia Silva. De acordo com a empresa, os sindicatos dessas cidades aceitaram, na última sexta-feira (13) a proposta de reajuste de 8% nos salários e 6,27% nos benefícios, além de um vale extra de R$ 650,65 a ser pago em dezembro deste ano.
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