A greve dos bancários, que entra nesta segunda-feira (5) em seu 12º dia, deixa 555 das 1.329 agências de todo o Paraná fechadas, de acordo com balanço do sindicato da categoria. Metade das unidades sem atendimento estão na capital e região metropolitana são 279 fechadas das 444 existentes, segundo os trabalhadores.
Sem novas datas de negociação agendadas com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região não vê possibilidade de encerrar a paralisação nesta segunda. Uma assembleia dos trabalhadores será realizada às 17 horas na capital paranaense, porém terá apenas caráter informativo, segundo a entidade.
Na região de Curitiba, segundo dados do sindicato, as instituições mais afetadas são Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e Unibanco. Praticamente em todos os bairros da cidade trabalhadores estão aderindo à mobilização, de acordo com os trabalhadores.
A orientação para quem precisa de serviços das instituições financeiras é utilizar correspondentes bancários como lotéricas, bancos postais ou acessar as opções oferecidas por telefone ou internet banking. As agências de autoatendimento funcionam normalmente, segundo o próprio sindicato.
Sem acordo
Na semana passada, o comando nacional de greve realizou duas reuniões com a Fenaban. Em nenhuma das ocasiões houve acordo, e os trabalhadores decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário, auxílio refeição de R$ 19,25, cesta-alimentação, auxílio creche e uma garantia da manutenção dos empregos.
Na última proposta apresentada, a Fenaban, entidade patronal, ofereceu 4,5% de reajuste, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e uma PLR dividida em duas parcelas. A primeira seria equivalente a um salário e meio na faixa de até R$ 10 mil, mais 4% do lucro líquido de 2009. A outra seria de 1,5% do lucro líquido, distribuído, igualmente, entre os empregados, até R$ 1.500. Não houve menção à garantia de empregos.