Contorno Norte ameaçado
Diante da possibilidade de paralisação em outras obras, a retomada dos trabalhos no Contorno Norte volta a ficar ameaçada. A ordem de serviço para o reinício da construção foi emitida no dia 21 de maio pelo Ministério dos Transportes. No entanto, a empreiteira responsável pela obra, Sanches Tripoloni, disse estar em fase de contratação de funcionários e a previsão de retomada das atividades, antes datada para a última sexta-feira (1º), ficou para o dia 15 de junho.
- TJ-PR libera reinício das obras de rebaixamento da linha férrea
- Sem proposta conclusiva, servidores da Seab continuam parados
- Auditores fiscais aprovam greve por tempo indeterminado
- Construtoras estimam perda de R$ 66 milhões com greve de funcionários
- Donos de postos têm 10 dias para dar resposta às reivindicações dos frentistas
- Jornalistas fazem greve de 24 horas na Grécia
Pelo menos 500 operários da construção pesada iniciaram uma greve nesta segunda-feira (4) que pode ganhar força nos próximos dias, caso as empresas do setor não apresentem propostas que atendam às reivindicações dos trabalhadores.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no Estado do Paraná (Sintrapav-PR), três obras estão paradas no estado: a Linha Verde, em Curitiba, o rebaixamento da linha férrea em Maringá e a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Cavernoso II, entre Virmond e Candói, no centro-sul do estado.
Entre as reivindicações, o Sintrapave cobra reajuste salarial de 10% na folha salarial e 12% no piso. "Se não houver acordo, vamos parar obra por obra em todo o estado", afirmou Luís Alves de Oliveira, diretor do sindicato.
Outras grandes obras realizadas na região Noroeste também correm o risco de paralisação, como o Contorno Norte de Maringá e o Contorno de Mandaguari. A greve dos funcionários é por tempo indeterminado. "Enquanto não tiver acerto, não voltamos", confirmou Oliveira. O diretor da Sintrapave confirmou que, caso necessário, os operários vão se reunir com todas as empresas que prestam serviço para buscar acordos individualizados.
Os recursos para linha-férrea são do governo federal. A reportagem entrou contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas até o fechamento desta matéria, o órgão não havia se manifestado sobre a paralisação. A empresa responsável pela obra, a CR Almeida, também foi procurada, mas não se pronunciou.
Rebaixamento ficou embargado por mais de um mês
Este é apenas mais um episódio de discussões envolvendo o rebaixamento da linha-férrea de Maringá. Este ano, a obra ficou embargada pela Justiça por mais de um mês. Entre 8 de março e 12 de abril, a CR Almeida ficou impedida de continuar a obra porque moradores e comerciantes próximos a construção na Avenida 19 de Dezembro declararam que rachaduras nos imóveis teriam sido causadas por detonações na obra.
Na decisão que autorizou o reinício das obras, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) informou que a empreiteira declarou ter mais de 80% da obra já concluída e que no local não haveria mais detonações que fossem capazes de refletir sobre os imóveis em questão. Para conseguir a revogação do embargo a CR Almeida ainda apresentou caução no valor de R$ 140 mil para eventual cobertura de prejuízos alegados.
Leia mais na edição impressa da Gazeta do Povo desta terça-feira
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast