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Setor automotivo

Greve na Volvo entra no quarto dia com protestos dos trabalhadores

Trabalhadores da Volvo que não participaram da votação da proposta feita pela montadora protestaram na manhã desta quarta-feira (13) em frente à sede da empresa, na Cidade Industrial de Curitiba.

Segundo a companhia, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) bloqueou a Av. Juscelino Kubitschek que dá acesso à fábrica, impedindo a entrada de trabalhadores administrativos que foram à empresa para trabalhar. Além disso, a Volvo reclama que eles não puderam participar da votação da proposta salarial, restrita apenas os trabalhadores sindicalizados, que recusaram a proposta e decidiram pela continuidade da greve. Em protesto contra a ação do sindicato, cerca de mil funcionários da montadora fizeram uma caminhada pela Rua Eduardo Sprada até a associação dos trabalhadores da empresa, também fechada pela entidade.

De acordo com o sindicato, a empresa tenta impor a votação de trabalhadores terceirizados e dos funcionários da área administrativa, que não seriam afetados pelo risco de demissões e redução dos direitos. “Não tem como botar pra votar um engenheiro ou um técnico em contabilidade que não são associados ao Sindicato e que não estão no pacote de demissões para votar uma proposta que vai atingir somente o chão de fábrica”, disse o presidente do sindicato, Sérgio Butka, em depoimento no site da entidade.

A empresa , por sua vez, alega que todos os funcionários serão afetados e não apenas os trabalhadores do chão da fábrica. “A Volvo foi obrigada a eliminar o segundo turno em decorrência da queda das vendas registradas pelo setor. Vamos manter todos os funcionários até o dia 31 de dezembro. A proposta da Volvo não é de demissão, mas de manutenção do emprego”, informou a empresa via assessoria de imprensa.

Todas as entradas da companhia estão bloqueadas pelo sindicato e aproximadamente 4.200 trabalhadores administrativos e do chão de fábrica estão parados.

Proposta

Após anunciar o fechamento do segundo turno da fábrica de caminhões em função da baixa demanda do setor, que gerou um excedente de 600 funcionários, a Volvo fez uma proposta que antecipa o debate da data-base da categoria, que ocorre somente em setembro. A companhia prometeu não realizar demissões até o fim do ano, em troca de um reajuste que recomponha somente a inflação, sem ganho real, e um PLR de R$ 15 mil, metade do concedido no ano passado. Os trabalhadores, por sua vez, entraram em greve por entender que a empresa não cumpriu um acordo de construir junto com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) uma solução para o excedente de pessoal.

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