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Os bancários iniciam na manhã desta terça-feira (18) uma greve por tempo indeterminado e diversas agências bancárias devem ficar fechadas. O movimento é nacional e deve afetar clientes em todo o país. A previsão dos sindicalistas é que a paralisação seja longa pela falta de negociação entre os trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

O movimento grevista foi definido em assembleias realizadas na terça e na quarta da semana passada, que decidiram dar até esta segunda-feira (17) para receber uma contraproposta dos bancos. Segundo o Sindicato dos Bancários, as entidades patronais não entraram em contato nem fizeram contraproposta após a decisão pela paralisação e a categoria decidiu por iniciar a greve. Os trabalhadores querem aumento salarial de 10,25% (aumento real de 5%), mas os bancos ofereceram 6% (aumento real de 0,58%).

Os funcionários também reivindicam participação nos lucros de três salários mais R$ 4.961,25, piso salarial do Dieese (R$ 2.416,38) e vales alimentação e refeição de R$ 622, entre outras solicitações. Os bancários entregaram a pauta com as reivindicações no dia 1º de agosto; a data-base da categoria é 1º de setembro. Após nove rodadas de negociação com a Fenaban, não houve acordo para o índice de reajuste.

Curitiba e Região

Na Grande Curitiba, de acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, o movimento terá forte adesão. "Não existe reunião agendada com os banqueiros e nem um indicativo para isso. A insatisfação é grande em todo o país, por isso a aposta na greve é muito forte", salienta Otávio Dias, presidente do sindicato local.

Na última quarta-feira (12), a categoria rejeitou a proposta dos banqueiros de reajuste de 6% (0,58% de aumento real). De acordo com Dias, as agências ficarão fechadas a partir desta terça, mas o atendimento por meio de caixas eletrônicos continuará a funcionar normalmente. "Não queremos prejudicar aposentados. Eles terão ao autoatendimento funcionando para que possam sacar seus benefícios", disse.

Segundo balanço do Dieese, quase a totalidade das categorias (97%) que fecharam acordo no primeiro semestre do ano tiveram aumento real e a média de aumento real recebido foi de 2,23% --o melhor resultado das negociações salariais acompanhadas pelo órgão desde 1996. Os bancários argumentam que os altos executivos dos quatro principais bancos --Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander-- deve crescer 9,7% entre 2011 e 2012.

No ano passado, os bancários cruzaram os braços durante 21 dias, na greve que contou com participação recorde dos cerca de 500 mil bancários.

Febraban

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, disse na sexta-feira (14) que a entidade tinha até esta segunda para negociar com os bancários em vários Estados. "Continuamos intensamente em processo de negociação. O interesse é evitar a paralisação, que não é boa para os bancos nem para os bancários --e muito menos para a população", disse o executivo. Portugal não comentou qual poderia ser a contraproposta dos bancos.

Veja como evitar transtornos e realizar as operações bancárias sem depender do serviço interno das agências

Cobertura interativa

A Gazeta do Povo promove nesta terça-feira (18) uma cobertura interativa com os leitores. A intenção é compartilhar informações sobre as agências bancárias abertas, que estejam atendendo os usuários.

Para participar, compartilhe informações pelo Twitter, com o uso da hashtag #gpgreve, e pelo Facebook, no perfil da Gazeta do Povo – Economia.

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