Grupo franco-suíço anuncia ter interesse na aquisição de toda a Varig

Depois de OceanAir, TAM e AeroLB, hoje foi a vez da Gol de pagar R$ 60 mil para ter acesso às informações sobre o leilão da Varig, marcado para a próxima segunda-feira. A Gol, que já tinha retirado o edital da operação na segunda, foi a primeira a acessar a sala de informações (data-room) na sede da Varig nesta quinta-feira. Outra empresa que manifestou interesse em comprar a companhia e pode mandar representantes nesta quinta-feira ao data-room da Varig é a Azulis Capital, que tem operações no Brasil e na Inglaterra e representa um grupo franco-suíço.

O grupo informou estar interessado em comprar toda a Varig (parte doméstica e internacional) no leilão da companhia marcado para a próxima segunda-feira. O lance mínimo por toda a Varig, pelo edital do leilão, é de US$ 860 milhões. Segundo Ivone Saraiva, principal executiva da Azulis Capital no Brasil, a compra do direito ao acesso ao data-room seria feita nesta quinta-feira.

- Somos representantes de um cliente, um grupo franco-suíço, cujo nome não posso revelar por conta de cláusulas de confidencialidade. Eles estão interessados na compra total da Varig e dispostos a entrar no leilão para ganhar - afirmou a executiva, que integra o conselho de estratégia da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústria de Base (Abdib).

Nessa quarta-feira, TAP, TAM e OceanAir pagaram pelo acesso ao data-room no primeiro dia de abertura da sala de informações, que ficará disponível aos investidores interessados até domingo, véspera do leilão.

A Corte de Falências de Nova York decidiu conceder mais tempo para a Varig e prorrogou para 13 de junho a vigência da liminar que evita arresto dos aviões da companhia a pedido de empresas de leasing, que venceria nesta quarta-feira, informou uma fonte da companhia aérea.

- A liminar foi prorrogada - disse a fonte que não quis ser identificada.

Segundo a fonte, o novo prazo levou em conta o leilão da empresa, previsto para a próxima segunda-feira, e que poderá solucionar a crise financeira da companhia, saldando as dívidas com as empresas de leasing.