A farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) pagará US$ 3 bilhões em acordo no qual se considerará culpada de promover ilegalmente os antidepressivos Paxil e Welburtrin e por deixar de informar dados sobre a segurança da droga contra diabetes Avandia, informou nesta segunda-feira (2) o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. É a maior punição financeira já aplicada a uma indústria do setor, superando o acordo da Pfizer, de US$ 2,3 bilhões, fechado em 2009.

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O valor envolve uma multa de US$ 956 milhões pela condenação e outros US$ 2 bilhões para resolver a parte civil do processo, com o governo federal e os governos estaduais. A aceitação de culpa da GSK terá que ser confirmada pela corte distrital.

"O acordo multibilionário de hoje não tem precedentes", afirmou o vice-procurador geral de Justiça, James Cole. "Estamos determinados a dar fim a práticas que coloquem em risco a saúde dos pacientes, prejudiquem os contribuintes e violem a confiança do público".

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De acordo com os promotores do caso, a empresa pagou médicos para irem a eventos para promover os medicamentos, que ainda não haviam sido liberados pela FDA, órgão que controla os registros de remédios e alimentos. A propaganda do Paxil incluía seu uso em menores de 18 anos, o que não havia sido aprovado, e a do Welbutrin o apresentava como droga para perda de peso e solucionar disfunções sexuais, ainda que registrada apenas para tratar casos severos de depressão. A empresa também teria ocultado da FDA dados que ligavam o Avandia a riscos de ataque cardíaco.