O site Ashley Madison, que promove encontros extraconjugais e está presente em 46 países, incluindo o Brasil, foi invadido por hackers neste fim de semana. Em um comunicado divulgado domingo (19), a Avid Life Media, grupo dono do site, confirmou o ataque.
A invasão ganhou repercussão na mídia em todo o mundo porque o grupo de hackers responsável pela ação, que se autointitula “The Impact Team”, ameaça divulgar os dados pessoais dos mais de 40 milhões de usuários anônimos do site, além de informações sobre os executivos e funcionários da companhia, como os salários.
Os hackers afirmam que conseguiram acesso a todo o banco de dados do site, além de registros financeiros da Avid Life Media. Até o momento, o grupo teria divulgado apenas 40 MB de dados, incluindo informações sobre cartões de créditos de executivos da empresa e documentos da companhia.
Segundo o jornalista especializado em segurança da informação Brian Krebs, o primeiro a anunciar em seu site o ataque, a Avid confirmou a veracidade do material vazado e disse que está trabalhando para remover da internet os documentos.
Ameaça
Os hackers, porém, ameaçam divulgar na internet novas informações, desta vez ligadas aos usuários do site, incluindo nomes, endereços, e-mails, fotos e até registros sobre fantasias sexuais relacionadas pelos internautas que utilizam o AshleyMadison.
Em um manifesto divulgado junto dos dados vazados, os invasores pedem que o site seja tirado do ar pela empresa, junto do Established Men, outro portal de encontros pela internet do Avid Life Media.
Em entrevista ao jornalista Brian Krebs, o CEO do Avid Life Media, Noel Biderman, afirmou que a identidade do principal responsável pelo ataque já foi descoberta e que a companhia está tomando as providências para impedir novos vazamentos e levar os hackers à Justiça.
A invasão ocorreu cerca de dois meses depois que o site para adultos Adult FriendFinder, que tem cerca de 64 milhões de usuários, também foi comprometido.
Mercado
O AshleyMadison registrou vendas de US$ 115 milhões no ano passado, um aumento de quase quatro vezes em relação a 2009, afirmou em abril Christoph Kraemer, diretor de relações internacionais do site. Na época, o executivo afirmou que o portal fazia planos para abrir capital na bolsa ainda neste ano, em Londres.
O site gera receita ao cobrar por créditos que os homens utilizam depois para serem apresentados a mulheres. O portal alega ser o segundo maior site virtual de encontros pagos do mundo, atrás do Match.com.
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