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Halo chega ao auge

Cenas do novo Halo: um dos jogos mais refinados da geração, explora os limites do console | Fotos: Divulgação
Cenas do novo Halo: um dos jogos mais refinados da geração, explora os limites do console (Foto: Fotos: Divulgação)

Em 1994, Super Metroid abalou as estruturas. A terceira aventura protagonizada pela caçadora de recompensas Samus Aran foi o ápice de desenvolvimento de um jogo de plataforma até então. A intensidade com que os programadores da Nintendo trabalharam para deixar tudo redondo e extremamente polido foi algo impressionante. Era perfeito. Chegou-se ao limite gráfico do Super Nes. A jogabilidade se tornou o padrão da indústria com uma das melhores combinações já realizadas entre ação e exploração. O design de áudio era tão elegante que até hoje é difícil encontrar um jogo que consiga unir efeitos e trilha sonora de maneira tão agradável e nem um pouco afetada. O som era apenas para dar o clima.

Super Metroid me voltou à memória após jogar Halo 4, exclusivo recém-lançado para Xbox 360. De início, imaginei se tratar de mais do mesmo. Apenas mais um jogo de tiro em primeira pessoa com um argumento baseado em alguma história com alienígenas. Estava errado. Desde os primeiros minutos, o jogador é lançado para um dos jogos mais refinados desta geração. E, até o momento, provavelmente o melhor do ano.

Halo 4, que representa o começo de uma nova trilogia, chamada de "Reclaimer Trilogy", se passa quase cinco anos após os eventos de Halo 3. No ano de 2557, Master Chief, que havia sido considerado morto, volta a ser o protagonista ao lado do "computador de bordo" feminino Cortana. A nave em que se encontram os dois é alvo de um ataque dos Prometheans, alienígenas que pretendem dominar o mundo. Sim, parece o básico. E é. Mas a forma como a desenvolvedora 343 Industries, que substitui a Bungie, consegue contar esta história-clichê merece atenção.

O foco, ao contrário do que poderia se pensar de um jogo de tiro, não é, exclusivamente, o abate de inimigos. Cortana está morrendo e, aos poucos, vai sendo tomada pela loucura. A interação entre os dois, o limite em que o protagonista deve confiar nas informações da ajudante e como salvá-la se tornam as linhas narrativas mais interessantes que a série produziu até aqui. Master Chief deixa de ser um robô controlado pelo jogador e passa a ter delineamentos de personagem. Sem parecer exagerado, este é o Halo com melhor conteúdo.

Graficamente, a quarta versão oferece o limite conhecido do Xbox 360. Nenhum jogo até a semana passada conseguiu ter gráficos tão "redondos", sem bugs e fluidos no console da Microsoft. Nos ambientes fechados, dentro das naves, os efeitos de sombra se destacam com os quase infinitos pontos de luz. É impossível notar imperfeições nas armas ou armaduras, principalmente nas animações durante a troca de munição. A movimentação, ponto alto da série, continua sem sofrer com perdas de quadros ou "engasgadas".

Em Super Metroid, os jogadores precisavam passear por ambientes alienígenas matando toda forma de vida. O jogo redefiniu o gênero de ação de plataforma (o que poderia ser considerado os "shooters" da época) ao unir exploração de mapa e procura por itens. Halo 4 vai pelo mesmo caminho. As telas com uma enorme quantidade de inimigos continuam lá, mas Master Chief também tem que se desdobrar para resolver pequenos quebra-cabeças, habilitar conquistas e descobrir arquivos secretos escondidos por toda a parte que ajudam a contar a história principal. Não é uma revolução entre os FPSs. É o auge da evolução.

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