Cenas do novo Halo: um dos jogos mais refinados da geração, explora os limites do console| Foto: Fotos: Divulgação

Notas

Steam no Brasil I

Finalmente chegou. Desde a semana passada os consumidores brasileiros da maior loja de distribuição digital do mundo especializada em games podem fazer suas compras com valores em reais. Toda a tabela de preços da Steam foi convertida para o mercado nacional. As formas de pagamentos, antes exclusivas para cartões de crédito internacionais, foram ampliadas. Agora é possível fechar a comprar por boletos eletrônicos e cartões nacionais.

Steam no Brasil II

O mais impressionante é que o "custo Brasil" não foi aplicado. A expectativa era que com a conversão os preços fossem inflacionados quando fossem aplicados impostos e outras taxas. O que aconteceu foi o contrário. Alguns jogos estão custando menos do que se fossem comprados direto na loja americana. Um exemplo: a pré-coma de Assassin’s Creed III é vendida na versão nacional por R$ 85. Se comprado lá fora, o jogador pagar aproximadamente R$ 100. É uma mudança importante no mercado.

Grátis

A partir deste fim de semana Star Wars: The Old Republic poderá ser jogado de graça. A mudança da estratégia da EA se deu após ver o número de assinantes encolher desde o lançamento do jogo, no fim de 2011. Antigos jogadores serão beneficiados com Cartel Coins, que podem ser usados para pegar melhores itens. Os produtores afirmam, no entanto, que quem se aventurar pelo mundo do MMO a partir de agora não será prejudicado e conseguirá desenvolver os personagens até o nível 50 sem pagar nada.

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Ficha técnica

Halo 4

- Plataforma: Xbox 360

- Categoria: FPS

- Preço: R$ 149

- Pró: O melhor Halo

- Contra: Dublagem nacional dessincronizada

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Em 1994, Super Metroid abalou as estruturas. A terceira aventura protagonizada pela caçadora de recompensas Samus Aran foi o ápice de desenvolvimento de um jogo de plataforma até então. A intensidade com que os programadores da Nintendo trabalharam para deixar tudo redondo e extremamente polido foi algo impressionante. Era perfeito. Chegou-se ao limite gráfico do Super Nes. A jogabilidade se tornou o padrão da indústria com uma das melhores combinações já realizadas entre ação e exploração. O design de áudio era tão elegante que até hoje é difícil encontrar um jogo que consiga unir efeitos e trilha sonora de maneira tão agradável e nem um pouco afetada. O som era apenas para dar o clima.

Super Metroid me voltou à memória após jogar Halo 4, exclusivo recém-lançado para Xbox 360. De início, imaginei se tratar de mais do mesmo. Apenas mais um jogo de tiro em primeira pessoa com um argumento baseado em alguma história com alienígenas. Estava errado. Desde os primeiros minutos, o jogador é lançado para um dos jogos mais refinados desta geração. E, até o momento, provavelmente o melhor do ano.

Halo 4, que representa o começo de uma nova trilogia, chamada de "Reclaimer Trilogy", se passa quase cinco anos após os eventos de Halo 3. No ano de 2557, Master Chief, que havia sido considerado morto, volta a ser o protagonista ao lado do "computador de bordo" feminino Cortana. A nave em que se encontram os dois é alvo de um ataque dos Prometheans, alienígenas que pretendem dominar o mundo. Sim, parece o básico. E é. Mas a forma como a desenvolvedora 343 Industries, que substitui a Bungie, consegue contar esta história-clichê merece atenção.

O foco, ao contrário do que poderia se pensar de um jogo de tiro, não é, exclusivamente, o abate de inimigos. Cortana está morrendo e, aos poucos, vai sendo tomada pela loucura. A interação entre os dois, o limite em que o protagonista deve confiar nas informações da ajudante e como salvá-la se tornam as linhas narrativas mais interessantes que a série produziu até aqui. Master Chief deixa de ser um robô controlado pelo jogador e passa a ter delineamentos de personagem. Sem parecer exagerado, este é o Halo com melhor conteúdo.

Graficamente, a quarta versão oferece o limite conhecido do Xbox 360. Nenhum jogo até a semana passada conseguiu ter gráficos tão "redondos", sem bugs e fluidos no console da Microsoft. Nos ambientes fechados, dentro das naves, os efeitos de sombra se destacam com os quase infinitos pontos de luz. É impossível notar imperfeições nas armas ou armaduras, principalmente nas animações durante a troca de munição. A movimentação, ponto alto da série, continua sem sofrer com perdas de quadros ou "engasgadas".

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Em Super Metroid, os jogadores precisavam passear por ambientes alienígenas matando toda forma de vida. O jogo redefiniu o gênero de ação de plataforma (o que poderia ser considerado os "shooters" da época) ao unir exploração de mapa e procura por itens. Halo 4 vai pelo mesmo caminho. As telas com uma enorme quantidade de inimigos continuam lá, mas Master Chief também tem que se desdobrar para resolver pequenos quebra-cabeças, habilitar conquistas e descobrir arquivos secretos escondidos por toda a parte que ajudam a contar a história principal. Não é uma revolução entre os FPSs. É o auge da evolução.