O IBGE estuda começar, em fevereiro, a divulgar mensalmente indicadores do mercado de trabalho considerando todo o país, em vez de apenas seis regiões metropolitanas, como atualmente é feito.
A confirmação da data, porém, depende da consolidação dos estudos no IBGE a esse respeito. Essa modificação, quando ocorrer, será por meio da substituição da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), de coleta de dados geograficamente restrita, pela Pnad Contínua, que produz dados sobre emprego e renda em nível nacional.
Atualmente, a Pnad Contínua, pela maior abrangência, é divulgada a cada três meses. Foi criada em 2012. Os estudos acontecem de forma a tornar a coleta de dados para a Pnad Contínua mensal em três indicadores - taxa de ocupação, nível de ocupação e rendimento.
Quando isso ocorrer, o que é esperado para o início do próximo ano, a PME deixará de ser produzida, e a Pnad Contínua mensal entra em cena, com os tais indicadores. Os demais dados da Pnad Contínua continuarão com divulgação trimestral.
O coordenador das duas pesquisas, Cimar Azeredo, disse que, por depender dos estudos, a data ainda não pode ser confirmada, mas que os técnicos "estão trabalhando muito para que isso aconteça em fevereiro".
"O estudo está bastante avançado e está se consolidando. Se esse estudo for corroborado, e os especialistas mostrarem que podemos adaptar a metodologia, em fevereiro estaríamos divulgando os dados de janeiro já com informações nacionais. Mas, como disse, isso está em estudo. Não há como garantirmos uma data. Há um grande esforço para isso", informou Azeredo, durante a divulgação dos dados da Pnad Contínua referente ao mercado de trabalho no país no segundo trimestre, nesta quinta-feira (6).
A próxima Pnad Contínua a ser apresentada trará os dados do terceiro trimestre de 2013 e será divulgada em dezembro.
Fim da PME
Em janeiro, o IBGE vai trazer novos dados que ainda não existem na Pnad Contínua, especialmente em relação a rendimentos. Esses dados serão acrescentados às pesquisas trimestrais feitas desde 2012. Mas, nesse momento, não haverá divulgação de nova Pnad Contínua trimestral.
Esse passo será importante para que o IBGE aposente a PME, o que, segundo Cimar, poderá ser em fevereiro. Cada PME divulgada visita 45 mil domicílios. Já a Pnad Contínua, são 211 mil.
Diferenças
Existem diferenças não apenas geográficas entre as duas pesquisas, mas também nas definições dos parâmetros. Segundo Azeredo, a Pnad Contínua já traz definições construídas recentemente na Organização Internacional do Trabalho.
Uma das diferenças está na definição com idade de trabalhar. A PME considera pessoas com mais de 10 anos; já na Pnad contínua, o limite sobe para 14 anos.
Outra diz respeito a pessoas ocupadas. O ajudante de um parente em alguma ocupação ou negócio que não é remunerado também é considerado ocupado na Pnad Contínua.
Na Pnad Contínua, a expressão População Economicamente Ativa foi substituída por Força de Trabalho, o que, segundo Azeredo, atende melhor os requisitos da OIT. Esse indicador compreende as pessoas ocupadas e aquelas desocupadas, mas que estão pressionando o mercado em busca de emprego.
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