A gerente da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palisa, evitou falar em recessão técnica quando perguntada diretamente sobre o assunto, na divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre. Nesta sexta-feira, 29, o IBGE informou que o PIB do segundo trimestre recuou 0,6% ante o primeiro e revisou o resultado de janeiro a março ante o quarto trimestre de 2013, de 0,2% para -0,2%.

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Rebeca também refutou uma comparação com a retração na virada de 2008 para 2009, auge da crise internacional. "As taxas são bastante diferentes. As quedas de 2008 e 2009 são bastante pronunciadas", afirmou Rebeca, em entrevista. Após a apresentação dos dados, a gerente do IBGE reforçou que o instituto considera as variações entre -0,5% e 0,5% como estabilidade.

Além disso, as revisões estatísticas das variações do PIB na comparação com ajuste sazonal, entre um trimestre e o outro imediatamente anterior, são feitas a cada divulgação trimestral. Assim, a variação de -0,2% no primeiro trimestre de 2014 ante o último de 2013 pode passar novamente ao terreno positivo.

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"As variações muito grandes, tanto para cima quanto para baixo, são revistas, mas não mudam de sinal. As variações muito próximas do zero, como esse -0,2%, podem modificar (de sinal) no trimestre seguinte", afirmou Rebeca.