O principal índice das ações brasileiras fechou abaixo de 60 mil pontos pela primeira vez desde 25 de maio de 2010, na sexta queda consecutiva em meio a incertezas sobre a crise da dívida na Europa.

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O Ibovespa caiu 0,86 por cento, a 59.704 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,76 bilhões de reais.

Os índices internacionais também sofreram, especialmente no fim do pregão, após a agência de classificação de risco Moody's reduzir a nota da dívida da Irlanda para "grau especulativo". A agência já havia feito o mesmo com Portugal na semana passada.

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"A Europa é um problema sério. E as commodities, mesmo com o cenário deteriorando, subiram, o que tem a ver com essa questão da inflação para os emergentes. Está bem complicado o cenário como um todo", disse José Góes, analista econômico da Win Trade, home broker da Alpes Corretora.

"A precaução vai tomar conta dos negócios e o mercado deve perder um pouco de volume. A tendência infelizmente é de queda", acrescentou, calculando um importante suporte para o índice em torno de 58.000 pontos.

As ações preferenciais da Vale tiveram o maior volume do Ibovespa e ajudaram a limitar a queda do índice, com alta de 0,24 por cento, a 45,72 reais.

Outra das poucas ações em alta foi Brasil Foods, com valorização de 2,2 por cento, a 26,01 reais. O mercado aguarda o aval, embora com restrições, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) à fusão entre Perdigão e Sadia, que originou a empresa.

"A boa notícia é que resolve tudo amanhã, e a empresa já começa a trabalhar", disse o analista da SLW Cauê Pinheiro.

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No outro lado do índice, a siderúrgica Usiminas teve queda de 4,04 por cento das ações preferenciais, a 12,36 reais, e a concorrente Gerdau teve baixa de 3,39 por cento, a 15,38 reais.Fora do Ibovespa, a Mundial subiu 3,73 por cento, a 3,06 reais, com o terceiro maior volume da bolsa.

A fabricante de tesouras, facas e alicates, que há apenas um mês era cotada a menos de 1 real por ação, prepara a adesão ao Novo Mercado da Bovespa.

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