A inflação pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou em abril em relação a março, mas menos que o esperado. A alta deveu-se a maiores custos no atacado e na construção.
O indicador subiu 0,72% no mês passado, após alta de 0,63% em março, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Analistas ouvidos pela Reuters previam leitura de 0,87% em abril, de acordo com a mediana de 15 respostas que variaram de 0,72 a 1,1%.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 0,68% em abril, após alta de 0,52% em março.
O IPA agrícola desacelerou a alta para 1,51% no mês passado, contra 2,33% no anterior. O IPA industrial avançou 0,42% em abril, seguindo a queda de 0,05% em março.
As maiores quedas individuais de preços no atacado foram de laranja, mandioca, açúcar cristal, farelo de soja e aves.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,76% em abril, contra elevação de 0,86% em março.
A desaceleração deveu-se sobretudo a um arrefecimento do grupo Alimentação, que avançou 1,77%, contra alta anterior de 2,6%.
As principais baixas individuais de preços no varejo foram de álcool combustível, laranja pera, melancia, laranja lima e manga.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou avanço de 0,84% no mês passado, contra 0,75% no anterior.
A aceleração veio de maiores custos de ajudante especializado, servente, pedreiro, tubos e conexões de ferro e aço e carpinteiro.
No ano, o IGP-DI acumula alta de 3,5% e nos últimos 12 meses, de 2,95%.
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