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O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,02% em setembro, após avançar 0,06% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira, 07. Com isso o IGP-DI acumula altas de 1,62% no ano e de 3,24% nos últimos 12 meses. O resultado do indicador na leitura mensal ficou abaixo do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam desde um avanço de 0,09% a uma alta de 0,32%, com mediana de 0,14%, de acordo com as instituições ouvidas pelo AE Projeções.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, registrou variação negativa de 0,18% no mês passado, após avançar 0,04% em agosto. Por sua vez, o IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,49% em setembro, em comparação com alta de 0 12% no mês anterior. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,15%, contra avanço de 0,08%, na mesma base de comparação.

O período de coleta de preços para o IGP-DI de setembro foi do dia 1º ao dia 31 do mês passado. O IGP-M de setembro, que havia captado preços do dia 21 de agosto até o dia 20 do mês de referência, apresentou alta de 0,20%. A desaceleração do IGP-DI em setembro ante agosto foi puxada principalmente pela queda no IPA-DI, avaliou o economista da Rosenberg Associados Leonardo Costa França. Segundo ele, o recuo do indicador que mede os preços no atacado foi influenciado, sobretudo, por pressões de queda nos preços de algumas commodities no mercado internacional. Caso essa tendência continue, ele pondera que isso pode ajudar a diminuir a pressão de alta da inflação nos próximos meses.

Carnes

Os preços no varejo aceleraram de forma intensa em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido no âmbito do IGP-DI subiu 0,49% no mês passado, após alta de 0,12% em agosto. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a principal contribuição veio da alimentação, impulsionada pelo comportamento das carnes bovinas.

O grupo Alimentação subiu 0,55% em setembro, após ter avançado 0 13% no mês anterior, divulgou nesta terça-feira, 07, a instituição. As carnes bovinas exerceram a principal contribuição, com elevação de 2,72%. Em agosto, elas já haviam ficado 0,34% mais caras.

A gasolina, por sua vez, aumentou 0,90%, após queda de 0,40% em agosto. O movimento levou à aceleração do grupo Transportes (-0 02% para 0,51%). Além disso, a tarifa de eletricidade residencial passou de -0,11% para 2,01%, impulsionando a classe Habitação (0,34% para 0,48%).

Na passagem do mês, também ganharam força os grupos Comunicação (-0,53% para 0,67%), diante dos pacotes de telefonia fixa e internet 2,76% mais caros; Educação, Leitura e Recreação (0,12% para 0,64%), em função da alta de 3,82% no item show musical; Vestuário (-0,50% para 0,02%), com um aumento de 0,24% nas roupas, após terem ficado no negativo em agosto; e Saúde e Cuidados Pessoais (0,35% para 0,50%), com avanço de 0,31% nos preços de medicamentos.

No sentido contrário, perdeu força apenas o grupo Despesas Diversas (0,19% para 0,11%). Nesta classe de despesa, o destaque partiu do item clínica veterinária (1,81% para 0,51%). No IPC como um todo, o índice de difusão - que mede a proporção de itens com alta de preços - atingiu 63,61%, contra 59,17% em agosto, segundo a FGV.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, alta de 0,15%, mais do que o avanço de 0,08% em agosto. A influência veio do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,16% para 0,33%), já que o custo da mão de obra ficou estável (0,00%) pelo segundo mês consecutivo

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