O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 2,7% em setembro ante agosto, nos dados com ajuste sazonal, para 71,6 pontos, no menor nível desde maio de 2009. Trata-se da sétima queda consecutiva do índice, "confirmando a tendência de piora no mercado de trabalho", informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Para chegar a esse resultado, os componentes do IAEmp que mais influenciaram foram o grau de otimismo dos empresários ouvidos na Sondagem da Indústria em relação à tendência dos negócios nos próximos seis meses (-7,4%) e a opinião dos empresários de serviços sobre a absorção futura de mão de obra (-4,2%).
"O processo de ajustamento no mercado de trabalho brasileiro parece estar ganhando força. A contínua redução nas projeções de contratações futuras mostra que o desânimo em relação ao crescimento do PIB e da atividade econômica está se disseminando em ritmo mais forte no mercado de trabalho. Em especial, observa-se um grande pessimismo no setor de serviços, o grande responsável pelo bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos anos. Neste sentido, o cenário futuro não parece animador", avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV, em nota.
O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.