O principal índice das ações europeias fechou em alta nesta terça-feira, afastando-se das mínimas em dois anos atingidas pela manhã. A valorização do mercado foi puxada pela recuperação dos bancos, mas um salto nos custos de financiamento da Itália e temores de um default grego mantiveram os ganhos em xeque.
O FTSEurofirst 300, que mede a oscilação dos principais papéis do continente, subiu 0,9 por cento, para 899 pontos, segundo dados preliminares. Na mínima da sessão, o índice caiu a 878 pontos, menor patamar desde meados de 2009.
As ações de bancos --que há sete meses vêm sofrendo fortes quedas, com o índice do setor perdendo quase 50 por cento-- recuperaram-se nesta terça-feira, movimento que foi visto de modo geral como um rali técnico.
Os papéis do Société Générale dispararam 15 por cento, enquanto os do Deutsche Bank saltaram 8,2 por cento.
"Apesar do movimento de hoje, a análise gráfica mostra um quadro negativo para os índices no médio prazo, não há dúvida disso. Assim que a diferença da segunda-feira for preenchida, os índices vão voltar a cair", afirmou o analista técnico da TradingSat Vincent Ganne, referindo-se às fortes perdas registradas na véspera.
"A questão não é 'se' os índices vão revisitar as mínimas de 2009, mas 'quando'. Isso vai acontecer nas próximas duas semanas ou em dezembro? Difícil dizer."
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 0,87 por cento, a 5.174 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,85 por cento, para 5.166 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,41 por cento, a 2.894 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 2,19 por cento, para 13.769 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 avançou 2,53 por cento, a 7.834 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,63 por cento, para 5.831 pontos.