O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado como referência para reajuste de aluguéis, teve queda de 0,52% nos primeiros dez dias de maio. No mesmo período de abril, a variação havia sido de -0,53%. Conforme dados divulgados nesta segunda-feira (11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o resultado foi influenciado principalmente pelo recuo no Índice de Preços por Atacado (IPA), que responde por 60% do IGP-M. No período, o IPA teve recuo de 0,78%, depois de cair 0,94% no primeiro decêndio (dez dias) de abril.
Entre os itens pesquisados no âmbito dos preços por atacado, foi verificado recuo na taxa de bens finais (de -0,17% para -0,49%), com a contribuição dos alimentos in natura, cujos preços tiveram queda de 5,31%, depois de subirem 0,17%. Já a taxa dos bens intermediários registrou queda menos intensa, passando de -1,87% para -1,58%. A maior influência partiu dos combustíveis e lubrificantes para a produção (de -1,06% para 1,02%).
As matérias-primas brutas inverteram o movimento, passando de queda de 0,43% para alta de 0,14%. A aceleração foi puxada pelos preços dos bovinos (de -2,04% para 2,10%), milho em grão (de -4,24% para 3,86%) e arroz em casca (de -8,29% para -2,30%). Em sentido oposto, os destaques foram laranja (de -1,81% para -14,02%), aves (de 1,37% para -2,91%) e café em grão (de 1,80% para -3,72%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou na primeira prévia de maio, passando de 0,42% para 0,15%. Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo nas taxas de variação. Os destaques, segundo o levantamento da FGV, foram os grupos alimentação (de 0,68% para -0,35%), principalmente frutas (de 4,03% para -2,68%), hortaliças e legumes (de 1,99% para -0,89%), adoçantes(de 4,06% para -1,34%) e arroz e feijão(-2,87% para -4,27%); e habitação (de 0,39% para 0,11%), influenciado pelos preços dos eletrodomésticos (de 1,57% para -1,71%).
Também registraram decréscimos em suas taxas de variação transportes(de -0,05% para -0,20%) e educação, leitura e recreação (de 0,00% para -0,05%). Por outro lado, houve aceleração nos preços de despesas diversas(de 0,58% para 1,97%), saúde e cuidados pessoais (de 0,71% para 1,17%) e vestuário (de 0,31% para 0,80%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)teve queda de 0 36%, mais intensa do que a registrada no levantamento anterior (-0,08%). Os preços de materiais, equipamentos e serviços caíram 1,18%, depois de recuarem 0,22%. Já o índice que representa o custo da mão de obra ficou em 0,59% no primeiro decêndio de maio, depois de registrar alta de 0,09% no último levantamento.
Ainda de acordo com a FGV, no ano, o IGP-M acumula queda de 1 58% e, nos últimos 12 meses, alta de 3,18%. Para calcular a primeira prévia do IGP-Mde maio, foram coletados preços no período entre 21 e 30 de abril.