A indústria está em processo de recuperação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O somatório dos resultados na margem (ante o mês anterior) é de 1%, embora a comparação do acumulado do ano com igual período de 2012 seja de queda de 0,5%.
"A situação é melhor do que nos meses mais recentes. Calcado em evolução mais intensa de bens de capital", afirmou o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Luzi Macedo.
O destaque é de bens de capital, categoria de uso que avançou 11 7% no acumulado no ano na comparação sazonal. Entre os bens de capital, o avanço foi registrado nos segmentos de caminhões, agrícola e para fins industriais. O resultado vem "na esteira de medidas tomadas pelo governo. É um indicador positivo na medida em que significa maior crescimento no setor industrial", enfatizou Macedo.
Alimentos
O setor de alimentos é o destaque negativo da indústria neste ano, segundo Macedo. . Para esta avaliação, foi considerado o somatório dos resultados na margem, no período de janeiro a março de 2013.
Na comparação do acumulado do ano com igual período de 2012, o resultado do segmento não chega a ser o pior, mas está entre os destaques negativos. Nesta base de comparação, a queda do setor é disseminada, tendo contaminado 72% das atividades, taxa superior à da média da indústria (37%).
A explicação está na inflação e na redução das vendas para o mercado externo, sugeriu o gerente da Coordenação da Indústria, André Macedo. Entre os produtos voltados ao mercado interno, afetados pela alta de preços, ele deu o exemplo da queda da produção de molho de tomate e de margarina. Já entre os produtos cuja produção caiu porque a exportação diminuiu, estão a soja e o açúcar.
Os alimentos, na comparação anual, contribuíram para a queda de 8,2% da produção da categoria de semiduráveis e não duráveis. Foi o pior resultado registrado pela categoria desde janeiro de 2009 (-8,6%).
Veículos
A produção de veículos automotores, que inclui automóveis e caminhões, avançou 5,1% na passagem de fevereiro para março, beneficiado por uma base de comparação negativa em fevereiro, de 8,1%, considerando a mesma base de comparação.
"O mês de fevereiro tinha sido marcado pela redução de jornada de trabalho, por férias coletivas e por plantas paralisadas para a ampliação do parque. É o comportamento do setor que vai se adequando à produção", destacou Macedo. Ele salienta que os estoques do setor de veículos automotores estão regularizados e não indicam problema.
Em contrapartida, o setor de outros equipamentos de transporte apresentou queda de 5% na passagem de fevereiro para março, após terem avançado 9,5% no mês anterior. A taxa positiva em fevereiro e o resultado da produção do segmento de motocicletas explicam a queda do grupo de outros equipamentos de transporte.
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