O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, defendeu nesta quarta-feira (2) mudança nas regras da poupança para evitar a fuga de capital dos fundos para as cadernetas. "Se não tiver liquidez dos bancos para emprestar, isso pode ser um problema. Mas eu espero que haja uma regulação que não permita a migração para as cadernetas de poupança", disse Gouvêa Vieira.

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"É evidente que em economia não tem milagre e esta queda dos juros é coisa nova. Mas precisa haver adaptações necessárias para outros instrumentos monetários que existem. Senão vira uma loucura", disse o presidente da Firjan em entrevista no Palácio do Planalto, após participar de uma reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que também participou do encontro com Gleisi, e que na quinta-feira estará com a presidente Dilma Rousseff, na reunião com os empresários, marcada para as 15 horas, foi mais cauteloso ao falar sobre mudanças na poupança. Começou defendendo o discurso da presidente Dilma contra os elevados juros e os altos spreads bancários e emendou dizendo que acredita que o governo "certamente não vai deixar" que os recursos aplicados nos fundos migrem para a poupança, que começa a ficar mais atrativa para os investidores. "O governo tem todas as informações na mão e saberá como agir", prosseguiu Skaf.

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O presidente da Fiesp ressaltou, no entanto, que um ponto que os empresários querem insistir na conversa com a presidente envolve a redução do preço da energia. Para isso, comentou, é preciso que o governo faça novos leilões das concessões de energia, que vencem em 2015. "A expectativa é de que a presidenta chame os leilões no final das concessões porque isso barateará fortemente o preço das contas de luz de todos os brasileiros", observou.

Apesar de ressalvar que o governo tem adotado medidas em favor da indústria, Skaf afirmou que a indústria de transformação não terá crescimento em 2012. "Dificilmente a indústria de transformação terá crescimento este ano. A previsão é de que seja zero", lamentou ele, dizendo que o setor cresceu apenas 0 1% ano passado.