Pressionado por alimentos, serviços e preços monitorados como energia elétrica, o índice oficial de inflação do país fechou 2014 com alta de 6,41%, pouco abaixo do teto da meta do governo, de 6,5%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (9).

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Trata-se ainda do maior aumento anual desde 2011, quando foi de 6,5%. No ano passado, impulsionaram o IPCA o aumento no preços de alimentos (8,03%), habitação (8,80%) e despesas pessoais (8,31%), grupo que agrega boa parte dos serviços.

Em dezembro, o IPCA ficou em 0,78%, muito próximo das expectativas de mercado que, segundo a Bloomberg, esperava alta de 0,79%. Em novembro, o índice havia ficado em 0,51%.

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Cenário

Embora a economia tenda a registrar um crescimento praticamente nulo em 2014, a inflação sobe na esteira de um mercado de trabalho ainda aquecido, com rendimento em alta (embora já em desaceleração) e, principalmente, pelos choques nos preços de alimentos provocados por uma estiagem prolongada.

Preços controlados

O aumento de preços controlados pelo governo, com destaque para a energia elétrica, também contribuíram para a alta. Para este ano, o cenário aponta ainda uma inflação muito pressionada. Analistas esperam uma taxa ao redor de 6,5%, no limite superior da meta.

Já para janeiro, a expectativa é de um índice perto de 1%, puxado pelo reajuste das tarifas de energia, em razão da aplicação do sistema de bandeiras tarifárias, que reajusta automaticamente as contas quando são usadas as termelétricas -- de custo maior.

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