Inflação oficial fecha semestre em 2,57%, mostra IBGE

Os preços da habitação ajudaram a inflação oficial a perder força em junho: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo para estabelecer as metas de inflação, ficou em 0,36% no mês, abaixo da taxa de 0,47% registrada em maio. Com isso, o indicador fechou o semestre com alta acumulada de 2,57%, abaixo dos 3,64% do primeiro trimestre de 2008. Em 12 meses, a alta acumulada é de 4,80%.

De maio para junho, o grupo habitação teve seu resultado reduzido de 0,72% para 0,27%, com a ajuda da menor incidência de reajustes na taxa de água e esgoto (de 1,34% para 0,09%), aluguel residencial (de 0,78% para 0,52%) e energia elétrica (de 0,82% para -0,48%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No grupo saúde e cuidados pessoais, o resultado de 0,49% foi inferior ao do mês anterior (0,68%) em razão, principalmente, dos remédios, que passaram de 1,33% para 0,37%. Os cigarros, que também subiram menos, contribuíram para a queda na taxa de despesas pessoais, que passou de 1,57% para 0,49%.

Na mesma comparação, os artigos de vestuário, em período de liquidação, passaram de 1,16% para 0,53%. A taxa de comunicação também ficou menor, passando de -0,01% para -0,16%.

Os alimentos, no entanto, impediram um recuo maior do IPCA, passando de 0,44% em maio para 0,70% em junho. O leite pasteurizado, em período de entressafra, continuou a pressionar o resultado, com alta de 12,10% em junho, contribuindo com 0,14 do total do IPCA do mês.

Semestre

Nos primeiros seis meses do ano, a maior alta foi sentida no grupo despesas pessoais, de 5,61%, seguido por educação, com alta de 4,91%. Saúde também teve alta expressiva, de 3,69%.

As taxas de transportes e comunicação, na outra ponta, ficaram bem abaixo do IPCA, em 0,14% e 0,17%, respectivamente.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de baixa renda, que ganham de um a seis salários mínimos, também recuou de maio para junho, passando de 0,60% para 0,42%.

Nos primeiros seis meses do ano, o indicador acumulou alta de 2,75%, abaixo de igual período do ano anterior (4,26%). Nos últimos doze meses, a alta ficou em 4,94%.