A inflação sentida pelas famílias de baixa renda, que ganham entre um e 2,5 salários mínimos (de R$ 415,00 a R$ 1.037,50), perdeu força em julho. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que ficou em 0,61% em julho, ante taxa de 1,29% em junho. Segundo a FGV, foi a menor taxa para esse índice desde fevereiro deste ano, quando o indicador subiu 0,16%.
Porém, os resultados acumulados do indicador continuam em nível elevado. No acumulado do ano até julho, o IPC-C1 registra taxa de 6,62% e, nos últimos 12 meses até o mês passado, a variação é de 9,46% - a maior da série histórica do índice, iniciada em janeiro de 2004.
Ainda segundo a FGV, a inflação entre os mais pobres continua a se manter acima da média das famílias com renda maior. O IPC-BR, que mede a inflação entre as famílias com renda entre um e 33 salários mínimos (de R$ 415 a R$ 13.695), subiu 0,53% no mês passado e registrou, até julho, taxas acumuladas de 4,39% no ano e 6,23% nos 12 últimos meses.
Grupos
A instituição esclareceu, em comunicado, que das sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do índice, quatro apresentaram desaceleração de preços, ou até mesmo queda, na passagem do índice de junho para julho.
É o caso de Alimentação (de 2,5% para 0,98%); Habitação (de 0,67% para 0,60%); Vestuário (de 0,55% para -0,73%); e Educação, Leitura e Recreação (de 0,17% para 0,05%).
Os outros grupos apresentaram aceleração de preços, no mesmo período. É o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,65% para 0,97%); Transportes (de 0% para 0,02%) e Despesas Diversas (de 0,05% para 0,35%).