Atualizada em 18/09/2006, às 18h29
O presidente do INSS, Valdir Moysés Simão, e o diretor-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, Eduardo Henrique Rodrigues de Almeida, reúnem-se com representantes do Ministério Público Federal nesta segunda-feira, na sede da Procuradoria-Geral da República. O objetivo é discutir a legalidade da greve da categoria, que reivindica mais segurança no trabalho. O movimento começou no dia 13 deste mês.
Os peritos querem solução para as agressões que sofrem de pacientes que não obtêm o resultado desejado na perícia. A resposta oficial do Ministério da Previdência é que a solução para esse problema já foi negociada e será implementada até 16 de outubro. Segundo o ministério, os laudos das perícias passarão a ser emitidos pelos Correios, para evitar reações exageradas dos segurados.
A Associação Nacional dos Médicos Peritos informou na sexta-feira que entre 80% e 90% da categoria em todo o país aderiram ao movimento. Já de acordo com o INSS, na quarta e na quinta-feira, durante a paralisação feita pelos médicos, foram realizadas perícias normalmente em 48% das agências do INSS. Em 10%, o atendimento teria sido parcial e, em 42%, não foram feitas perícias médicas.
Para o Ministério, a morte na semana passada da chefe da perícia médica de Governador Valadares, em Minas, Maria Cristina Souza da Silva, não pode servir de justificativa para a greve.
Policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil de Belo Horizonte assumem, a partir desta segunda-feira, as investigações sobre a morte da médica perita do INSS, Maria Cristina Souza Felipe da Silva, em Governador Valadares, leste de Minas. O Ministério Público Federal também apura o caso. Segundo a Polícia Civil, está programada para a tarde desta segunda-feira uma reunião entre procuradores e a direção da Associação Nacional dos Médicos do INSS, em Brasília. Os procuradores pretendem levantar mais informações sobre o esquema de fraude na concessão de benefícios no INSS no leste de Minas. Maria Cristina Souza Felipe da Silva, de 56 anos, foi morta a tiros na última quarta-feira, em Governador Valadares, quando saía de casa para o trabalho. A polícia acredita que o crime foi cometido por vingança, já que a perita estava elaborando documentos sobre o esquema de fraude no INSS da região. Os policiais já identificaram o suspeito do crime, um adolescente de 17 anos; mas até o momento ninguém foi preso.
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