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implante cerebral

Macacos conseguem escrever usando a “força do pensamento” em experimento nos EUA

Macaco Rhesus, espécie usada na pesquisa da Universidade de Stanford. | Reprodução/Pixabay
Macaco Rhesus, espécie usada na pesquisa da Universidade de Stanford. (Foto: Reprodução/Pixabay)

Com o auxílio de um implante cerebral, cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, desenvolveram uma interface cérebro-computador que permitiu que macacos escrevessem textos apenas com a força do pensamento. A pesquisa foi coordenada pelos professores Krishna Shenoy e Paul Nuyujukian.

A nova tecnologia, que eventualmente poderá ajudar pessoas com desordens motoras a se comunicar melhor, possibilitou que os animais movessem o cursor de um teclado virtual e selecionassem as letras sem mexer um dedo.

Os macacos transcreveram trechos do jornal The New York Times e da tragédia “Hamlet”, de William Shakespeare, a uma velocidade média de 12 palavras por minuto. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Proceedings of the IEEE.

Para o experimento, matrizes de multieletrodos -- dispositivo que capta sinais da região cerebral que comumente controla as mãos e os movimentos dos braços -- foram implantadas nos cérebros de dois macacos Rhesus. É importante ressaltar que os primatas foram testados em condições consideradas ideais, além de apenas copiarem o texto que lhes era mostrado, sem uma compreensão verdadeira.

Outras técnicas de digitação que não necessitam dos dedos, como a de mapeamento dos olhos ou de movimentos da face -- muito utilizada por portadores da esclerose lateral amiotrófica (ELA), como o físico Stephen Hawking -- costumam ser tediosas. Outras versões da interface cérebro-computador já foram utilizadas, mas trouxeram resultados muito imprecisos.

Como o sistema foi aprimorado, os pesquisadores esperam que ele permita “uma taxa de digitação suficiente para permitir uma conversa significativa”.

“A interface que testamos é exatamente igual a uma que seria testada por humanos”, relatou Nuyujukian em um comunicado. “O que nunca havíamos quantificado era a média de digitação [por minuto] que poderia ser alcançada”.

Colaborou: Mariana Balan.

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